
Nos corredores do Alfredo Jaconi não se fala em outra coisa a não ser a proposta de parceria feita pela empresa espanhola Five Eleven Capital. Durante a semana, os dirigentes alviverdes falaram publicamente pela primeira vez sobre a oferta de R$ 400 milhões por 90% da SAF Juventude, tão logo a questão foi debatida no Conselho Deliberativo.
Dentre as vozes do clube que manifestaram o seu sentimento sobre um possível acordo está a de Júlio Rondinelli, atual diretor-executivo do clube e que, dependendo da associação, pode ter sua permanência ameaçada.
No entanto, Rondinelli pensou acima de tudo no clube, reiterou que não há cláusula rescisória caso o Ju decida encerrar seu vínculo um dia e disse o porquê acha viável uma parceria no futuro.
— Eu penso que o futuro do clube pode ser a SAF. Mas uma SAF embasada, com dinheiro. Vai ter recurso, vai melhorar o patamar do clube, como todo mundo tem a expectativa? O John Textor chegou no Botafogo e transformou o clube em campeão da América. O Bahia, o Manchester City, mudou. Realmente, o Bahia é de outro patamar. Mesmo assim, no ano de 2023, eles quase foram rebaixados. Mas, hoje, o Bahia é uma potência, né? O Bragantino, a mesma coisa — exemplificou o dirigente alviverde.
Para o executivo de futebol, uma parceria poderá dar o aporte financeiro necessário para o Verdão voltar a ter conquistas históricas.
— O dia que bater uma SAF, verdadeiramente, com recurso seguro, verdadeiro, e que o Juventude realmente retorne os seus grandes momentos de disputar a final de uma Copa do Brasil, de estar na primeira página do Campeonato Brasileiro, nem o Júlio Rondinelli precisa estar aqui. Porque a gente trabalha pra caramba, a gente segura o touro na unha, como se diz no interior, em São Paulo — reiterou, antes de finalizar:
— Então, as pessoas que estão ao redor, todos querem o clube muito bem, fazem muito pelo clube, e aqui, nesse momento, eu não estou fazendo defesa, eu estou me posicionando.
Segundo o clube, o tema SAF ainda está no início, andou cerca de 20%, e seguem as tratativas com os espanhóis para fazer ajustes no contrato antes de que ele vá a votação no Conselho Deliberativo para aprovação ou não da parceria.