• Chance de trauma (batida grave) ao cair 
  • Queimaduras (se estiver próximo do fogo)
  • Possibilidade de se chocar com algum objeto ou móvel próximo 
  •  Risco de acidentes ao dirigir veículos
  • Martins ressalta que pacientes com diagnóstico de epilepsia só tem permissão para dirigir após tratamento de um ano e com a doença controlada, para minimizar riscos mais graves. 

    Sinais e ação

    Em boa parte dos casos, a convulsão é o primeiro sinal perceptível da epilepsia. Antes da crise, o paciente pode ter sensações diferentes no estômago, perda de consciência, movimentos despropositados e momentos de dejavú – sensação de volta ao ado ou de reviver um momento.

    — Outros sinais são os choques rápidos, como aqueles de quando estamos dormindo. Também pode haver um pouco de irritabilidade e euforia neste período, mas os sinais variam de acordo com cada caso — diz o especialista.

    Durante uma crise de convulsão, existem algumas medidas a serem seguidas. Martins destaca que, se for a primeira vez, é importante observar o tempo de duração para informar ao médico. Ao contrário do que a cultura popular a, ele não recomenda botar algo na boca da vítima ou “tentar puxar a língua”.

    — A primeira coisa é manter a calma, afastar os móveis onde a pessoa possa se bater. Depois, deixe ela de lado e coloque algo para não bater a cabeça no chão. É importante salientar para não tentar retirar a língua da boca para a pessoa não se afogar, isso não existe, as pessoas acabam fazendo isso e se machucando — explica.

    Tratamento

    O tratamento da epilepsia tem como base remédios que inibem descargas elétricas involuntárias no cérebro. De acordo com o neurologista, em dois terços dos casos tratados adequadamente o paciente não sofre mais com as crises. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza todo o tratamento e acompanhamento médico necessário desde o diagnóstico da doença.

    — Os remédios atuam estabilizando a energia cerebral, estabilizando os neurônios entre excitação e inibição. São altamente efetivos, muitas pessoas conseguem conviver sem as crises — comenta.

    Em alguns casos, há necessidade ou possibilidade de intervenção cirúrgica. No Hospital São Lucas, já foram operados mais de 2.500 pacientes, até mesmo de diferentes países, como Bolívia, Chile e Uruguai. O procedimento é realizado para retirar a região afetada pela doença, muitas vezes levando ao controle completo da patologia - às vezes à cura.

    — Quando conseguimos identificar o local do cérebro onde ocorrem essas crises, realizamos a cirurgia e retiramos essa parte para estabilizar a doença —

    Alguns métodos de neuro-estimulação também auxiliam no controle da doença, como o estimulador do Nervo Vago e novos medicamentos. Martins destaca o uso de canabidiol, que permitiu uma “melhora exponencial” em alguns pacientes tratados por ele.

    *Produção: Lucas de Oliveira

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