— Não se deve ficar tocando a mão no local. Isso aumenta o risco de contaminar a lesão com alguma bactéria e ocasionar uma superinfecção. Essas feridas podem gerar, ainda, a possibilidade de transmissão para pessoas que, por acaso, não tiveram catapora ainda ou estão vulneráveis a infecção — orienta Falci.
O infectologista ainda ressalta que os primeiros sintomas, antes do aparecimento das “bolinhas”, podem ser as dores nevrálgicas — a partir dos nervos — e destaca que alguns pacientes podem apresentar febre baixa, ardência e coceira nas regiões afetadas, além de fraqueza.
Sendo uma doença que se manifesta a partir de momentos de fragilidade no sistema imunológico, pessoas com 50 anos ou mais, imunossuprimidos e pessoas em tratamento de algum câncer estão mais suscetíveis a desenvolver o herpes zoster, inclusive com casos mais graves e complicações.
É fundamental que o paciente procure ajuda médica nas primeiras 72h após o aparecimento de alguma lesão na pele, pontua Falci. O diagnóstico precoce possibilita um tratamento mais oportuno e que reduz as chances de agravamento da doença e complicações.
— O diagnóstico é clínico, a lesão é bem característica. Raramente, em casos de dúvida, podem ser realizados exames complementares, como biópsia da ferida. Quanto antes for diagnosticado, menores os riscos de desenvolver alguma complicação.
O tratamento, de modo geral, é baseado na prescrição de antivirais para uso oral. Em casos graves ou com complicações, pode ser necessária a internação do paciente para istração de medicação intravenosa.
Atualmente, há duas vacinas disponíveis para prevenir casos de herpes zóster. Uma delas, segundo Falci, com vírus vivo atenuado, apresenta contraindicações para os grupos de risco e não é tão eficaz. No entanto, há uma nova vacina, feita à base de proteínas do vírus, que tem apontado bons resultados
— É bastante segura, indicada especialmente para pessoas acima de 50 anos ou imunossuprimidos. É relativamente nova no Brasil, ainda não está disponível no SUS, apenas em redes privadas — comenta.
Como forma de prevenir quadros futuros de herpes zoster, o infectologista destaca também o reforço do sistema imunológico, através de atividades físicas e alimentação saudável.
*Produção: Lucas de Oliveira