
Durante entrevista concedida à Rádio Gaúcha Serra na manhã desta terça-feira (13), o superintendente do Dnit no RS, Hiratan Pinheiro, revelou que o projeto de um viaduto no entroncamento da BR-116 com a Perimetral Norte de Caxias precisará ar por readequações. A proposta, uma das prioridades da cidade no setor de mobilidade e cujo financiamento é solicitado em Brasília há anos, não está nos padrões previstos para as rodovias federais.
Hiratan revelou que o projeto encaminhado pela prefeitura de Caxias do Sul prevê que cada uma das pistas tenha largura de 3,30m. No entanto, o padrão estabelecido para rodovias federais prevê um mínimo de 3,50m, a fim de que a agem sobre o viaduto não fique estreita e não coloque em risco o tráfego no local. Essa situação fez com que os técnicos reavaliassem a questão, a fim de fazer ajustes que permitam a construção.
— A equipe técnica foi a campo para ver a possibilidade de adequar a largura da faixa na estrutura projetada. Há algumas limitações na estrutura proposta, que impedem o alargamento, pois ela é projetada com tirantes, no formato de viaduto estaiado, o que limita o alargamento. Então a avaliação de geometria está neste ponto agora, se é possível ou não fazer a adequação — informou Hiratan.
Ele também atualizou sobre o andamento de outras ações do Dnit na região, especialmente as que se referem à recuperação de rodovias atingidas pela enchente do ano ado. Em relação à BR-470, entre Bento e Veranópolis, ele ressaltou que ainda há atuação na recuperação da pista, mas o foco está em obras de contenção, que eram praticamente inexistentes naquele trecho.
Também foi citada ideia de uma nova ponte sobre o Rio das Antas. Ele ressalta que esta questão ainda está na fase de projeto, mas defende a necessidade avançar na questão, já que a atual Ponte dos Arcos tem limitações conhecidas mesmo antes da enchente:
– A ponte existente tem limitações de largura e de cargas, devido às características de geometria e estruturais da época. A gente consegue chegar a recuperá-la nas mesmas condições da sua construção, mas não conseguimos colocar em uma condição superior, necessária para as cargas atuais.
Em relação à BR-116, no trecho entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, o superintendente ressaltou o encaminhamento das obras referentes aos diversos problemas que a via apresentou últimos anos. Segundo ele, a recuperação dos estragos de junho de 2023 já foi concluída, e os danos causados pela chuva de novembro daquele ano devem ser totalmente consertados até setembro.
Ficará pendente a recuperação de um trecho danificado na enchente do ano ado, localizado no km 178, e que já tinha recebido uma obra em 2016. Segundo Hiratan, a chuva provocou um deslocamento da estrutura de contenção ali existente, e somente agora, um ano depois, foi possível avaliar os danos e iniciar um projeto. A demora, segundo ele, tem a ver com a escassez de recursos humanos e materiais para fazer esse tipo de avaliação.
— Em virtude desse volume todo de ocorrências, temos um problema sério que é poucos projetistas para fazer avaliação, poucos técnicos para realizar todos os ensaios necessários. É uma sequência de mão de obra e insumos para construção, que é uma outra etapa, que não estava preparada para este volume de obras — informou Hiratan.
A partir da avaliação feita no km 178, o superintendente projeta a conclusão do projeto nos próximos meses, com a contratação dos serviços e início das obras ainda no segundo semestre de 2025.