Segundo o estudo, coordenado pelo Centro Andaluz de Biologia Molecular e Medicina Regenerativa, em Sevilha, na Espanha, a droga impede que o sistema de defesa do corpo ataque as células beta do pâncreas – responsáveis pela produção da insulina.

A insulina está ligada ao aproveitamento de glicose das células, e a sua falta pode causar hiperglicemia – aumento de açúcar no sangue. Essa condição pode provocar cegueira e até a amputação das pernas.

A droga desenvolvida pelos pesquisadores utiliza BL001 – substância semelhante à produzida no fígado, que combate a inflamação em órgãos digestivos, evitando a morte precoce das células. Sendo assim, a droga pode regenerar as células beta do pâncreas, aumentando a secreção de insulina, evitando a hiperglicemia.

"Nós mostramos que, com a BL001, prevenimos e revertemos a diabetes em três tipos diferentes de animais com diabetes tipo 1", dizem os pesquisadores no estudo.

Isso pode tornar-se um alívio para os pacientes que possuem a doença. Eles não serão mais obrigados a injetar insulina constantemente, pois poderão secreta-la naturalmente, já que a droga impede a morte das células que produzem o hormônio.

A pesquisa ainda está em fase experimental. Os cientistas têm feito experimentos em ratos e conseguiram reverter a diabetes tipo 1 nos roedores. O próximo o seria desenvolver uma molécula mais estável da BL0001, para ser testada em seres humanos.

Segundo o G1, o tratamento pode levar alguns anos para ser posto em prática e é possível que os efeitos apresentados nas cobaias não aconteçam nos humanos.

 

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