Mercado de trabalho

Representando 54,9% da força de trabalho, pretos e pardos são maioria entre trabalhadores desocupados (64,2%) ou subutilizados (66,1%), segundo o informativo do IBGE. A informalidade também atinge mais esse contingente. Enquanto 34,6% de pessoas brancas se encontram em condições informais de trabalho, a informalidade atinge 47,3% de pretos e pardos.

Quanto à ocupação de cargos gerenciais, os negros são a minoria (29,9%). Pela divisão de trabalhadores por níveis de rendimento, apenas 11,9% dos maiores salários gerenciais são pagos a trabalhadores pretos e pardos, enquanto essa população ocupa 45,3% dos postos com menor remuneração.

O analista de indicadores sociais do IBGE João Hallak avalia que o cenário tem reflexos nos rendimentos mensais: a população branca recebe maiores rendimentos, independentemente do nível de instrução.

— Até entre quem possui nível superior completo, a população de cor ou raça branca recebe 45% a mais do que a renda média da população preta ou parda com o mesmo nível de formação — disse.

De acordo com o analista do IBGE, a desigualdade é influenciada pelo tipo de formação superior, mais ou menos valorizadas pelo mercado.

— Um exemplo verificado pelos censos é que na formação em Medicina, a gente percebe mais participação da população branca como médicos, ocupando cargos de maior remuneração. Enquanto na formação de Enfermagem, ainda na área médica, a gente tem maior participação relativa da população preta ou parda — citou.

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