Se a pobreza recuou um pouco, a extrema pobreza cresceu no país. No ano ado, 13,5 milhões de brasileiros viviam com uma renda per capita mensal inferior a R$ 145 — o equivalente a US$ 1,90 por dia, o que significa extrema pobreza, segundo o Banco Mundial. Isso é mais do que toda a população de países como Portugal ou Bélgica.
Essas 13,5 milhões de pessoas representam 6,5% da população, maior índice em seis anos. Os extremamente pobres eram 5,8% em 2012. No Rio Grande do Sul, os miseráveis são 214 mil, o equivalente a 1,9% da população. Se eles formassem uma cidade, seria a 10ª maior do Estado, logo à frente de Rio Grande.
O gerente do estudo do IBGE, André Simões, ressaltou a necessidade de políticas públicas para combater a extrema pobreza, pois ela atinge um grupo com menos condições de ingressar no mercado de trabalho.
— Esse grupo necessita de cuidados maiores, que seriam, por exemplo, políticas públicas de transferência de renda e de dinamização do mercado de trabalho. É fundamental que as pessoas tenham o aos programas sociais e que tenham condições de se inserir no mercado de trabalho para terem o a uma renda que as tirem da situação de extrema pobreza — disse ele.