
O emo nunca foi embora de Porto Alegre. Isso pode ser comprovado no Festival Polifonia, realizado nessa quarta-feira (4), no Auditório Araújo Vianna.
Pelo festival que reuniu bandas americanas como Mae, Emery, Anberlin, além das gaúchas Projeto Hare e Fresno (que foi o destaque do evento, tocando as faixas dos três primeiros discos), pode se observar que o emo vive não só em quem experimentou o boom do movimento nos anos 2000, mas também se renova com as novas gerações – por lá, havia jovens com franjas com pouco mais de 18 anos.
Caracterizado por letras confessionais e uma sonoridade pesada e melódica, o emotional hardcore, ou simplesmente emo, surgiu no final dos anos 1980, nos Estados Unidos. Mas foi há 20 anos que o conceito enquanto subcultura entrou em evidência.
O ano de 2005 pode ser considerado o ponto de virada da popularização do subgênero musical como movimento cultural e estético, com a ascensão de bandas como Fall Out Boy, Paramore, Panic! At The Disco, My Chemical Romance, Simple Plan e até com a "redenção" do Green Day na fase do álbum American Idiot.
Em Porto Alegre, a cena emo contava com pontos de encontro, formação de bandas, moda e órios identificáveis, além de comportamentos que se estendiam às redes sociais pioneiras, como Orkut, Fotolog e MSN.
A seguir, a reportagem de Zero Hora traz depoimentos de frequentadores desse cenário, relatando como era ser emo na capital gaúcha nos anos 2000, com base em suas próprias vivências e impressões.
Como virei emo
Nicholas Steinbach, 28 anos, consultor de materiais de moda calçadista: Meu primeiro contato foi a música. Naquele tempo, havia uma dificuldade geral de se expressar, além de todo aquele preconceito de não poder demonstrar nenhum tipo de sentimento. Acho que isso atraiu muitas pessoas.
Alex Aguiar, 30 anos, publicitário e responsável pela festa Baile Emo: Estava no ensino fundamental ainda, já curtia rock, mas era aquela coisa de ouvir com a família. Lembro até hoje de um DVD pirata que eu comprei, que começava com Bat Country, do Avenged Sevenfold. A partir dali, fui conhecendo mais bandas.
Fô Machado, 37 anos, DJ, produtora de eventos e designer gráfico: Eu ouvia muito esse estilo musical e me identificava com as letras. Gostava da maneira como a galera se vestia. Quando era possível, estava indo em shows, em festivais e tudo mais. Comecei a me tornar amiga das pessoas que estavam na cena emo.
Natasha “Natiê” Assis, 30 anos, produtora da festa mEMOries: Fresno foi a minha porta de entrada. Meu primeiro show foi em 2006 ou 2007, no Parcão de Gravataí. Era de graça. Fui depois da escola. Nunca tinha ido num show de uma banda que eu gostasse muito. Aquela imagem nunca saiu da minha cabeça: o chão era, tipo, de areia. Lembro da galera pular, pular tanto, que fazia poeira. Pensei: “Tá, minha vida vai mudar a partir de agora, há uma conexão real aqui”.
Amanda Leonardi, 33 anos, escritora: Foi lá por 2005 ou 2006. Meu irmão mais velho estava no computador vendo um clipe com um monte de tinta verde. Era o vídeo de American Idiot, do Green Day. A partir daí, comecei a ouvir também Simple Plan, Avril Lavigne etc. Uma coisa levava a outra.
Nicholas: Todo mundo era um pouco emo na época. Não tinha como fugir. Até quem não curtia acabava no rolê.
Alex: Quando vi o clipe de I Write Sins Not Tragedies, do Panic! At The Disco, meti uma franja no rosto. Vi os caras e me identifiquei. Foi assim: a partir daquele dia me identifiquei como emo.
Como nos vestíamos
Marco Antonio Aralde Baptista Júnior (também conhecido no período como Johnny Keepers), 40 anos, baixista da banda Keepers entre 2008 e 2011, hoje diretor criativo audiovisual e músico/DJ: Se tu usasse um bermudão, era fã de Forfun ou de Strike. Se usasse uma calça justa, era fã de Fresno e NX Zero. Se tu usasse alguma coisa muito colorida, já era tempo de Restart.
Alex: Você via as revistas, como a Capricho e a Love Rock, era "franjão", roupa xadrez ou listrada e calça skinny colada – o que era uma tortura para nós, né?
Nicholas: Era calça skinny rasgada no joelho. Umas camisetas tamanho P. Todo mundo era muito magro na época.
Johnny Keepers: Mas como é que nós vamos usar esse negócio de calça apertada? Não tinha masculina nas lojas. Então, comprava a feminina.
Fô: Primeiro de tudo, roupa toda preta. Segundo, cinto de rebite quadriculado ou de rebite prata. Terceiro, alguma munhequeira — era obrigatório! Quarto, órios como pulseira ou colar de dadinhos ou bolinhas, brincos de cereja.
Amanda: Lápis de olho bem marcado, cabelo preto com franja. Tinha pessoal que usava luvinhas listradas ou xadrez. Unha preta descascando. Aqueles lápis de olho preto meio manchado, como se tivesse chorado, deixava mais dramático. E camisetas de banda! Eu tinha do Simple Plan e do Green Day. As gravatas da Avril.
Natiê: Flanela, cabelo colorido. Todo mundo usava tênis Converse. Ou coturno. Tinha o estilo “From UK”, que era uma galera que “espetava” mais o cabelo, usava umas pomadas, fazia umas coisas diferentes, era massa também. Nunca consegui ter por conta do meu cabelo cacheado.
Pressão estética e identidade
Nicholas: Quem não tinha o cabelo liso, alisava. Era um grande dilema da minha vida. Eu queria estar dentro do movimento, dentro da estética. Acabava cedendo.
Alex: Por um lado, era ruim porque havia uma pressão estética eurocentrada demais. Excluía principalmente pessoas negras. Os caras tinham que sofrer alisando e queimando chapinha para poder se encaixar no rolê.
Nicholas: Rolou essa desconexão com a minha própria identidade, pois eu sou negro. Não se discutia muito sobre raça. Foi um tema que entrou depois. Havia um certo racismo velado. Ainda assim, não era uma cena tão excludente assim, havia diversidade de estéticas e etnias.
Alex: Havia um embranquecimento nas fotos de pessoas pardas e negras. Os filtros estourando o branco na foto. Isso não falo por mim, mas por relatos de amigos negros que são da cena desde essa época e reclamam que tinha que sofrer editando foto para parecer outra pessoa.
Nicholas: Era adolescente e ninguém falava disso. Tu quer ser visto do jeito que atrai as pessoas que está buscando. Por mais que eu não seja retinto, era muito mais fácil disfarçar com esses efeitos a cor real da minha pele. Não gosto muito de recordar essa parte, não tenho orgulho. Mais para frente, abri minha visão para racialidade. ei a entender mais que eu não precisava fingir ser um personagem. Poderia ter as minhas próprias características e estar dentro do estilo.
Como eram as redes sociais
Quando o emo se popularizou na metade dos anos 2000, as redes sociais eram outras. Não havia Instagram ou TikTok, por exemplo. Aliás, o conceito em si era novidade. Era tempo de Fotolog.net e suas derivações – plataformas focadas somente na publicação de fotos e legendas. Orkut e suas comunidades predominavam. O Facebook ainda engatinhava.
Havia o MySpace, espaço em que era possível ouvir música e conhecer bandas novas. O site TramaVirtual também era uma vitrine. Aliás, como não havia nenhum serviço como Spotify, o ilegal era popular entre os internautas. De qualquer maneira, foi um momento em que o universo online foi essencial para a cena, com seus códigos e símbolos em comum.
Johnny Keepers: Queria saber alguma coisa oficial? Fotolog. Queria conhecer gente nova? Orkut. Quer aprofundar essa amizade? MSN.
Fô: Fotolog era o nosso Instagram da época. No Orkut, o que mais identificava as pessoas eram nomes com “senhorita” ou “senhorito”. Quando eu comecei a ser emo, não era Fô ainda, era a “Senhorita Paulinha Desrosiers”. Meu nome é Ana Paula.
Nicholas: Postava foto com letras de música. Tipo, tudo colorido. Sempre lembro que meu Fotolog tinha fotos terríveis.
Alex: Meu primeiro nome do Orkut foi “Senhorito Emo Loko”. Louco com K, sabe? Por muito tempo foi isso.
Amanda: Usavam sobrenomes também dos cantores, como Armstrong (Billie Joe, do Green Day) ou Way (Gerald, do My Chemical Romance).
Fô: As próprias comunidades que a pessoa entrava. Por exemplo, “Eu odeio rosa". Saberia se a pessoa era gótica ou emo.
Alex: A bio (“Quem sou eu”) no Orkut costumava ter letra de música. Usávamos letras personalizadas, umas fontes meio góticas.
Fô: Era sempre uma música muito triste, por sinal. Nem sei pelo que eu sofria naquela época, sendo bem sincera. Nem tinha pelo que sofrer. Mas, né? A minha “persona emo” tinha que segurar o personagem e sofrer.
Johnny Keepers: Existe essa revolução dentro do Orkut, de pertencimento, que se dá por meio das comunidades e das amizades. Ali se formavam os clãs de verdade. A cena emo que a gente conhece se molda no Orkut.
Natiê: Era uma forma muito mais genuína de se conectar com as pessoas. Porque a gente não tinha ainda essa influência do Instagram e de “vida perfeita” e tudo mais.
Como eram as fotos
Alex: Celular lá em cima, apontando para baixo, "zóinho" para cima, uma mão na boca. Falo com propriedade, porque tive um milhão de fotos assim.
Fô: Fotos só da metade do rosto, mostrando a franja e um pedaço do olho. A galera era bem enigmática naquela época.
Nicholas: Tinha o negócio de deixar a franja ou as mãos no rosto.
Alex: A fotinha no parque também, nas praças.
Fô: Tinha uma muito clássica da galera toda reunida formando uma estrela com os pés.
Natiê: Lembro que era muito comum a gente combinar com os amigos assim: “Vamos depois da escola tirar fotos?”. Pegava a câmera cybershot, aquelas floridas e íamos produzir fotos. Foi uma etapa de descoberta muito bacana também.
As bandas, shows e festas da época
Fô: Para ouvir as músicas, tinha que baixar no 4shared. Não era tão fácil o o, mas a galera se virava.
Nicholas: Foi um movimento muito ligado à música. Não era só estética. A música sempre foi o que movimentou a cena.
Fô: Lembro de nos reunirmos todo domingo na Redenção com violão para cantar as músicas que a gente não conseguia baixar.
Johnny Keepers: Era uma galera muito orgulhosa da sua curadoria musical, conhecedora de bandas independentes. Nem todos tocavam ou entendiam de música, mas era respirar e falar disso o dia inteiro.
Fô: Lá por 2009 e 2010, a cena emo do Rio Grande do Sul começou a ficar muito forte, com bandas como Doyoulike?, Área Restrita, Topaz, Fused, The Keepers.
Nicholas: Havia Preface e Fermo.
Alex: Gravei um CD com a Fermo, fundei a Infinitum e fiz parte da Screamsize. Havia também a Double Face e Doom Freak. Eu vivia muito dentro desse rolê underground, de festivais de 10 bandas vendendo 10 ingressos para tocar.
Johnny Keepers: Havia o Garagem Hermética, Manara, Guanabara. Começamos a ocupar espaços que não eram necessariamente próprios para shows, como o Hebraica, que recebeu várias apresentações por produtores ou colégios. Havia o Opinião para shows maiores.
Nicholas: A gente frequentou bastante o La Bodeguita na época. Era um bar muito pequeno. Cabia 100 pessoas no máximo. Muito escuro.
Fô: Nós tínhamos lugares como a Croco, que depois virou Dissonante. A própria casa noturna Neo, que hoje em dia nem existe mais, tinha festas que a galera ia.
Nicholas: Os microfones no La Bodeguita davam choque. Acredito que era o bar mais barato de se alugar para os produtores, com festivais no domingo que a gente conseguia realizar.
Johnny Keepers: Neo era originalmente um lugar clubber. Tinha noite gótica, noite mais pop, mas era um espaço que abraçava o público LGBTQIA+ e também os emos.
Nicholas: No Cord, a gente ia para a festa Skins. Era "A festa". Era um rolê bem louco, bem caótico.
Johnny Keepers: Então essas festas da Cord e da NEO eram uma válvula de escape para a galera que queria algo a mais de ir num show. Queriam se libertar, um espaço seguro para poder viver essas experiências da noite.
O que nós gostávamos de assistir
Nicholas: A série Skins era muito forte. Rolava até um simulacro de Skins na nossa vida, tanto própria da festa quanto o rolê em si.
Fô: Um símbolo que era muito presente na cena emo mundial era o filme O Estranho Mundo de Jack. A galera tinha camisetas e tatuagens disso.
Amanda: Estranho Mundo de Jack! Uso ainda até hoje muita roupa com Jack, tenho até tatuagem. Só na minha sala do apartamento deve ter mais de 10 Jacks aqui.
Nicholas: Crepúsculo entrava dentro da estética emo, como aquele visual mais frio. O filtro do filme em si. A série Supernatural também, sempre tinha alguém com camiseta no rolê.
Onde nos encontrávamos
Fô: Toda terça-feira, a galera ia para o famoso PDB, vulgo Praia de Belas. Era o Praia de Belas e o Parque Marinha do Brasil, na frente. Toda terça-feira era o ponto de encontro dos emos. Quinta-feira era no Shopping Total, foi ali que deu o boom. Estou falando de 200 emos reunidos.
Alex: A galera se encontrava na rua de trás do Shopping Total, a suposta “rua mais bonita do mundo” (Gonçalo de Carvalho). O rolê cresceu tanto até que a polícia começou a bater ali seguidamente.
Nicholas: Comecei a ir para Porto Alegre quando tinha entre 14 e 15 anos. Já morava em Taquara, então ia de ônibus, descia perto do Total e era ali que eu encontrava todo mundo.
Fô: Nas sextas, íamos ao Shopping Bourbon Country e depois para o Parque Germânia. Cara, era muito emo reunido.
Alex: Nas sextas, o pessoal ia ao Parque Marinha, na frente do Praia de Belas. No sábado, ia para o Parque Germânia, próximo ao lago. E, no domingo, Redenção, né? Clássico.
Fô: No domingo, Redenção era “lei”. Com todo o respeito, parecia um funeral: era todo mundo de preto.
Johnny Keepers: Não nada era melancólico. A galera tinha o visual emo, mas, em geral, era todo mundo gritando, falando alto, dando risada, bebendo.
Nicholas: Eram rolês majoritariamente em praças. Ninguém tinha muito dinheiro na época. Não tinha muito o que se fazer.
Alex: Era só uma junção de pessoas com a mesma estética, digamos assim, com as mesmas ideias. Eram lugares para a gente se encontrar e trocar ideia, tocar um violão.
Nicholas: Aquela coisa de adolescente descobrindo o mundo. Conhecer gente nova. Conversar, tocar violão, montar banda. Era procurar gente que se identificava com a mesma coisa que nós.
Fô: A galera ficava ali, levava violão e vinho de garrafa para beber no bico. As próprias bandas da cena, como Área Restrita, Keepers, Fused, costumavam fazer pocket show.
Alex: A internet ainda estava ganhando força ainda. No Orkut era “uma mão” se comunicar por scrap. Tinha o MSN, mas nem todo mundo tinha o. A melhor forma de trocar ideia com pessoas era sair de casa e ir nesses lugares.
Johnny: Num colégio onde tu é emo, tu era, no máximo, 20% do total. Qualquer coisa que não fosse o convencional de rádio pop, por mais que o emo estivesse presente naquela época, era a minoria. Esses lugares eram como se fossem uma extensão do colégio. Ia gente das escolas de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Realmente, estar próximo da cena e das combinações dos shows.
Preconceito
Alex: O preconceito não era com emo em si. Na verdade, era homofobia. Quando tinha problema, era coisa de sair na mão. O bullying era pesado. Saí na mão várias vezes, principalmente na escola.
Nicholas: Tu falar de sentimento era ser tachado de qualquer tipo de coisa. A questão é que tinha muito esse preconceito na época e, realmente, no Interior era bem mais pesado que na Capital. Por isso que a gente começou a migrar para dar rolê em Porto Alegre.
Alex: Olhavam para o cara e vinham, tipo, “Ah, emo é tudo gay, não sei o quê”. E daí já queriam implicar. Até o cara se estressar e brigar.
Nicholas: Tínhamos que andar em bando, senão a gente corria o risco de sofrer agressão. Era bem difícil essa parte no começo. Talvez não aceitassem pelo fato de o estilo começar a se destacar muito, chamando muita atenção das meninas na época.
Alex: É uma geração que cresceu desconstruída. Começou a entender o que os olhares enviesados causavam no próximo.
O emo vive
Na capital gaúcha, a alegria emo nunca foi cancelada: a cena segue celebrada em festas, como Baile Emo e mEMOries. De uma forma ou de outra, está presente até hoje na estética de adultos que aderiram à tendência.
Alex: Baile Emo é uma festa com show. A nossa proposta é tocar o que está dentro do guarda-chuva do emo, desde as coisas antigas até as mais atuais. O público tem uma faixa etária predominante entre 25 a 30 anos.
Natiê: mEMOries é realizada exclusivamente por mulheres e pessoas LGBTQIA+. Há uma pista menor, focada mais no pop dos anos 2000, mas a pista principal é voltada mais para o nicho emo e todas as vertentes.
Fô: Tudo que conquistei foi porque, em algum momento, um emo me deu a oportunidade de trabalhar com show business, com entretenimento. É uma cena que representa tudo para mim.
Nicholas: De vez em quando, a gente ainda frequenta um show de uma banda, uma festa que nem o Baile Emo. E nas roupas, tu não consegues fugir muito desse estilo.
Amanda: Continuo tendo o estilo emo até hoje.
Nicholas: É muito fácil reconhecer um emo daquele período. Eu ainda costumo dizer que o que usa tênis Vans é daquela galera que foi do emo, mas não foi tão característico. O pessoal que usa All Star ainda pode ter certeza que tinha as maiores franjas descoloridas (risos).
Amanda: Boa parte do que eu escuto continua sendo essas bandas — Paramore, Panic! At The Disco, My Chemical Romance, Green Day, Simple Plan, Avril Lavigne, Evanescence.
Natiê: Com a mEMOries, tentamos fazer esse trabalho de educar o pessoal. Tem tanta coisa legal que saiu depois de 2010. Tem gente que fala que as bandas morreram ou não lançam mais nada. Pelo contrário, seguem lançando. Então, é sobre criar novas memórias também.
Amanda: O estilo conversa muito com os temas da literatura que eu trabalho, como a melancolia e a solidão. Publico resenhas e, às vezes, uns microcontos de terror e horror, que dialogam muito com o emo.
Nicholas: Hoje não vejo uma cena em si, mas sim um "lifestyle". Faz parte, vai estar aí para sempre. Se reinventando, mas sempre aí.