A alteração de comportamento por parte das crianças é um fator que deve gerar alerta em pais e responsáveis. Esse tipo de sinal comportamental pode indicar algum tipo de violência sexual ou mesmo algum outro problema pelo qual a criança esteja ando.
— Um sintoma não quer dizer necessariamente um abuso sexual, mas acende um alerta, como fugas familiares, comportamento rebelde, atraso escolar, choro, hipersensibilidade. A mudança de comportamento da criança precisa ser sempre olhada e investigada — alerta a perita médica legista psiquiatra, Angelita Rios.
Fonte: Divisão Especial da Criança e do Adolescente (DECA)
Comandante-geral da Brigada Militar, o Cláudio dos Santos Feoli reforça a necessidade de as crianças e adolescentes serem protegidos pelos pais, responsáveis e por toda a comunidade, inclusive escolar.
— Não apenas os órgãos de segurança, mas toda a sociedade deve estar atenta. A rede de atendimento e proteção prevê um trabalho integrado dos órgãos de segurança, Conselho Tutelar, espaços educacionais, sistema de saúde e assistência social, entre outros. Por estarem em situação de desenvolvimento físico e psicológico, muitas vezes as crianças não têm discernimento para reconhecer que podem estar prestes a ser vítimas de uma violência — afirma.
Em relação à Brigada Militar, segundo Feoli, a orientação é que qualquer pessoa que suspeite ou identifique que uma criança ou adolescente esteja sendo vítima de abuso ou exploração sexual, ligue imediatamente ao 190 e informe a situação.
Mesmo quando seja mera desconfiança, é importante estar atento às mudanças comportamentais da criança. Quando não encontra o amparo na família, normalmente ela dá sinais de que algo não está bem no ambiente escolar
CLÁUDIO DOS SANTOS FEOLI
Comandante-geral da BM
Uma das ações desenvolvidas pela BM nas escolas é o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), considerada também uma forma de aproximação entre os policiais e o ambiente escolar.
— Não raras vezes, durante o trabalho desenvolvido, as crianças e adolescentes conseguem encontrar no policial, a confiança para denunciar algum abuso ou violência que esteja sendo vítima. Nesse ambiente, os policiais integrados à comunidade escolar, conseguem orientar e buscar o mecanismo de proteção mais adequado para cada caso que venha à tona — diz o comandante.