Objetivos da Campanha da Fraternidade 2020

  1. Apresentar o sentido de vida proposto por Jesus nos Evangelhos;
  2. Propor a compaixão, a ternura e o cuidado como exigências fundamentais da vida para relações sociais mais humanas;
  3. Fortalecer a cultura do encontro, da fraternidade e a revolução do cuidado como caminhos de superação da indiferença e da violência;
  4. Promover e defender a vida, desde a fecundação até o seu fim natural, rumo à plenitude;
  5. Despertar as famílias para a beleza do amor que gera continuamente vida nova;
  6. Preparar os cristãos e as comunidades para anunciar, com o testemunho e as ações de mútuo cuidado, a vida plena do Reino de Deus;
  7. Criar espaços nas comunidades para que, pelo batismo, pela crisma e pela eucaristia, todos percebam, na fraternidade, a vida como Dom e Compromisso;
  8. Despertar os jovens para o dom e a beleza da vida, motivando-lhes o engajamento em ações de cuidado mútuo, especialmente de outros jovens em situação de sofrimento e desesperança;
  9. Valorizar, divulgar e fortalecer as inúmeras iniciativas já existentes em favor da vida;
  10. Cuidar do planeta, nossa Casa Comum, comprometendo-se com a ecologia integral.

A nova comissão

Félix Zucco / Agencia RBS
Integrantes da comissão, da esquerda para a direita: Fabiano Colares, Berenice Rheinheimer, Marys Rezende e Jaime Spengler

A Comissão Arquidiocesana Especial de Tutela de Criança, Adolescente e Pessoa Vulnerável é composta por um padre, uma delegada da Polícia Federal (PF), uma procuradora de Justiça e por psicopedagogas, psicólogas, psiquiatras, uma assistente social e um jurista.

O grupo terá como área de atuação as mais de de 160 paróquias que formam a Arquidiocese de Porto Alegre. São 29 municípios, incluindo a Capital, com cerca de 200 padres e 130 outros religiosos (subordinados a congregações).

A criação da comissão é a resposta ao documento Vos Estis Lux Mundi (Vós sois a luz do mundo), carta do papa Francisco lançada em maio. O texto expressa a determinação da comunidade de fé em colaborar no combate ao abuso de poder, consciência e sexual.

Entre as determinações do Papa, está o fim do sigilo. Qualquer cidadão poderá ter informações sobre situações suspeitas que estejam sob investigação. Casos que chegarem ao conhecimento da Igreja serão compartilhados com o Ministério Público (MP) e as polícias. E, em no máximo 30 dias, a situação tem de ser informada à Congregação para Doutrina da Fé, em Roma.

A Igreja fará um procedimento istrativo de apuração que é mais rápido do que o processo canônico. O prazo para conclusão é de 90 dias.

Durante a investigação, o padre sob suspeita será proibido de atuar, sendo afastado do convívio social. O MP tem de ser informado sobre o local em que ele está — a medida coloca fim à sistemática da Igreja de transferir padres suspeitos para atuar em outras comunidades onde, simplesmente, os abusos poderiam se repetir.

A conclusão será julgada pela comissão e ratificada pela Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano. As atas são enviadas ao Papa e ele emite a sentença. Se for provado caso de assédio, o padre fica proibido de trabalhar com crianças e adolescentes. Se for situação de abuso sexual (em qualquer das suas modalidades) ou de uso de imagens pornográficas, o religioso será "demitido", ou seja, perderá o sacramento.

A Igreja também se compromete com ato de reparação: pagará para a vítima tratamento psicológico, psiquiátrico e espiritual.  

Integrantes da comissão


Como denunciar

 Não serão aceitas denúncias anônimas, mas o nome do denunciante será preservado.  Depois do primeiro contato, a pessoa que fez a denúncia será chamada para entrevista com assistente social 

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