Vários indícios ligaram os criminosos aos dois caciques:
A partir de um helicóptero, PMs avistaram um Uno abandonado, que teria sido usado para fuga dos bandidos e era de propriedade de um familiar do cacique Valdonês Joaquim.
O rastreamento de celulares do cacique e do pai dele teria demonstrado comunicação com bandidos na véspera e na hora dos assaltos.
Testemunhas da aldeia reconheceram os ladrões como grupo com o qual os dois caciques, pai e filho, teria promovido churrascadas na área indígena.
Buscas na reserva localizaram um acampamento dos assaltantes. Foram detidos quatro índios.
Num diálogo telefônico interceptado com autorização da Justiça, um dos envolvidos no assalto, o não índio Alessandro dos Santos, o Palmeirinha, relata que o cacique Valdonês deu ajuda ao bando de criminosos que assaltou dois bancos de forma simultânea em Miraguaí, em fevereiro deste ano. "Na real, piá, quem apoiou vocês em tudo mesmo foi o cacique. Quem mandava boia para vocês lá embaixo, o acampamento lá embaixo é do cacique, a moto é do cacique, tudo... Quem apoiou vocês em tudo foi o cacique", disse ele a outro ladrão.
Valdonês e Valdir estão presos no Presídio Regional de Três os. O processo está em fase de alegações finais.