Restrições causam revolta em prisões na Itália

O sistema prisional da Itália também ou a contar com maiores restrições, o que resultou em protestos e rebeliões em 27 presídios espalhados pelo país entre domingo (8) e esta segunda. Há relatos de que detentos atearam fogo em colchões e de que celas estão interditadas. As informações foram divulgadas pela agência italiana de notícias Ansa.

Entre as medidas impostas, está o isolamento de detentos que apresentem sintomas da doença, a restrição de contato durante visitas e a permissão para conversas apenas por telefone ou vídeo. Presos em liberdade condicional também estão recebendo um controle maior. Além dos presos, familiares também protestaram fora dos presídios.

Conforme a Ansa, a situação mais grave ocorre no presídio de Modena. No local, seis detentos morreram, de acordo com fontes da istração local. Três teriam morrido dentro da unidade e outros três depois de serem transferidos para outras prisões. As causas das mortes ainda são apuradas.

Ministro da Justiça da Itália, Alfonso Bonafede disse estar "consciente de que uma emergência como essa do coronavírus possa causar tensões dentro de um presídio, mas deve ficar clara a intenção das medidas tomadas".

— É nosso dever cuidar da saúde de quem trabalha e vive nas instituições penitenciárias — afirmou.

Segundo Bonafede, as normas devem valer pelos próximos 15 dias.

O garantidor nacional dos direitos dos detentos, Mauro Palma, disse que está "profundamente preocupado" pelos protestos, afirmando que alguns "têm violência inaceitável, com consequências gravíssimas".

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