A coordenadora do Setor Pediátrico do Hospital Geral, de Caxias do Sul, e pediatra Maira Ester Soares De Carli, orienta pais e responsáveis a ficarem atentos. A sufocação, informa, é a causa mais frequente de acidentes no primeiro ano de vida porque é preciso considerar a imaturidade neurológica, respiratória e digestiva do bebê.
— Eles têm mais facilidade em se engasgar, e em caso de sufocamento há risco de morte. Caso consigam reverter o engasgo, pode ficar com sequelas devido ao tempo que ficaram sem respirar– ressalta.
Há uma série de ações educativas para prevenir: a primeira pretende evitar que a aspiração aconteça e a segunda, caso ocorra o engasgo, reduzir o risco de sequelas:
— A amamentação é uma das medidas mais importantes. O risco de um bebê que mama no peito aspirar o leite é menor, porque reduz a regurgitação e os vômitos. Com a mamadeira, o fluxo do líquido não é controlado, o que aumenta a possibilidade de acidentes. No peito, ele suga quando tem fome.
Denize Duarte, 31 anos, recebeu orientações da pediatra para amentar a filha Jeovanna Antonella Duarte Fachinello, com dois dias. A maneira de colocar o bebê para mamar é fundamental para evitar engasgos.
— Com a mamadeira o bebê fica mais deitado e não há a mesma proteção dos que estão no peito da mãe. Outro ponto essencial é amamentar as crianças conforme o seu ritmo, prestando atenção aos sinais de quando ele está com fome. Se chorar, a ansiedade da criança e dos pais, pode levar a engasgos. A médica reitera:
— É importante que quando vá amamentar a mãe esteja fazendo apenas isso e não se distraia com outras coisas.
Denize concorda:
— É um momento nosso e procuro estar focada enquanto ela mama.