• Aparecido Andrade Portella — suplente da senadora Teresa Cristina (PL-MS), ex-ministra da Agricultura no governo de Bolsonaro
  • Reginaldo Vieira de Abreu — coronel do Exército Brasileiro
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo — major do EB e membro do Comando de Operações Especiais (Copesp)
  • O mesmo inquérito já havia indiciado 37 pessoas há duas semanas, todos suspeitos de envolvimento no planejamento e elaboração do plano de golpe. Destes, 25 são militares da ativa ou reserva.

    Quem são eles?

    Reprodução / Reprodução
    Aparecido Andrade Portella (E), Rodrigo Bezerra de Azevedo (C) e Reginaldo Vieira De Abreu (D) indiciados pela PF.

    Aparecido Andrade Portella

    Aparecido Andrade Portella é apontado pela Polícia Federal como responsável por angariar fundos para manifestações antidemocráticas em prol do governo Bolsonaro. Ele é militar da reserva, suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS) e serviu ao Exército Brasileiro ao lado de Jair Messias Bolsonaro em Nioaque, Mato Grosso do Sul, na década de 1970.

    Segundo a PF, Portella era a ligação entre membros do governo bolsonarista e empresários que financiavam atos à favor do ex-presidente. O inquérito mostra que o militar visitou o Palácio da Alvorada (residência presidencial) ao menos 13 vezes em dezembro de 2022.

    Em mensagens direcionada a Mauro Cid, ele enviou prints de publicações que solicitava informações sobre pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, demonstrando receio em ter sua identidade revelada.

    Nas mensagens para falar sobre o golpe de Estado, referia-se ao ato como "churrasco". Portella manteve-se calado durante o interrogatório da PF.

    Rodrigo Bezerra de Azevedo

    Rodrigo Bezerra de Azevedo seria chefe do grupo de operações que planejava o assassinato do ministro Alexandre de Moraes, indica a PF. Ele é major do Exército Brasileiro e integra o Comando de Operações Especiais (Copesp).

    A PF chegou a Bezerra a partir da análise de dados telefônicos. O sinal de linhas registradas com o nome "Brasil" foi identificado próximo da residência do militar em Goiânia, após a data da tentativa de assassinato.

    O inquérito também descobriu ligações de Bezerra para contas bancárias em nomes terceiros, com caráter fraudulento. Um dos números utilizados estava registrado em um aplicativo de celular do general Mário Fernandes.

    O major itiu aos investigadores que utilizava chips anônimos, que esta seria uma prática comum em missões do Exército. No entanto, ele alega que o celular utilizado estava em uma sala do Copesp e que o dispositivo foi descartado em 2023.

    Reginaldo Vieira de Abreu

    Reginaldo Vieira de Abreu seria peça-chave na disseminação de notícias falsas para colocar em dúvida a integridade do sistema eleitoral brasileiro. Coronel do exército, a investigação indica que Abreu manipulou relatório oficiais das Forças Armadas para corroborar fake news divulgadas pelo argentino Fernando Carimedo.

    Em outro ato, levou um hacker à sede da PF em Brasília, para registrar denúncias e fraudes contras as urnas eletrônicas. O inquérito mostra que Abreu foi responsável por imprimir um documento, chamado Gabinete de Crise, para instruir Bolsonaro após o golpe, ação realizada dentro do Palácio da Alvorada.

    Em novembro de 2022, atualizou a organização criminosa sobre deslocamentos de Gilmar Mendes, inclusive com o envio de fotos do ministro em um avião. A minuta do golpe, escrita na época, tinha como um dos objetivos prender Gilmar Mendes. Abreu também optou por ficar em silêncio frente à PF.

    Outros 37 indiciados

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