
Em mais um dia de paralisação pelo reajuste salarial, os servidores municipais de Caxias do Sul lotaram o plenário da Câmara da Vereadores nesta terça-feira (20). Diante do ato, a Mesa Diretora abriu espaço para a manifestação da presidente do Sindiserv, Silvana Piroli.
Na fala, Silvana listou os motivos pelos quais a categoria pede 5,5% de ganho real para 2025 (a recomposição da inflação foi finalizada em janeiro), além das dificuldades enfrentadas pelos servidores, principalmente professores. Entre as justificativas do sindicato para o índice de reajuste está o aumento da alíquota de contribuição para a previdência a partir da reforma do fundo de aposentadoria. O Sindiserv também diz que a categoria não teve ganho real em anos anteriores.
O contraponto do município ficou a cargo do líder do governo, vereador Daniel Santos (Republicanos). Em uma fala rápida, disse que a istração está empenhada em encontrar uma proposta de consenso.
Município e Sindserv têm uma reunião marcada para as 16h30min desta terça-feira. A expectativa é de que seja apresentada uma proposta diferente da discutida até agora. Desde a segunda-feira (19) a equipe do município tem feito reuniões para debater alternativas.
Intermediação de vereadores
Após as manifestações do Sindiserv e da liderança de governo, o presidente da Casa, vereador Lucas Caregnato (PT) propôs que a Mesa Diretora e líderes de bancada se reunissem com o prefeito Adiló Didomenico (PSDB) para discutir a questão. No fim da sessão, Caregnato informou ter sido comunicado de que o prefeito não teria tempo para receber o grupo.
“Não tá tudo bem”
Foi mais um dia difícil para o governo na Câmara. A presença de servidores no plenário fomentou diversas críticas por parte da oposição. As manifestações ocorreram principalmente durante a discussão de um pedido de informações a respeito dos cargos de Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE).
Enquanto listavam problemas da istração e de serviços públicos, a frase que mais partiu da oposição foi “não tá tudo bem”. Uma referência ao slogan da campanha de reeleição de Adiló.
Embate
A vereadora Daiane Mello (PL) fez algumas das críticas mais contundentes ao governo, classificando como "mentira" algumas ações divulgadas na campanha eleitoral.
A declaração gerou reação do líder do governo, Daniel Santos (Republicanos), ao lembrar que a parlamentar foi diretora da Estação Cidadania, serviço de Cultura e Lazer no bairro Cidade Nova. O vice-líder, vereador Wagner Petrini (PSB) disse que a parlamentar "virou o coxo do governo".
Daiane rebateu listando as ações à frente da unidade e foi defendida por Hiago Morandi (PL) dizendo que "não está em xeque aqui o ado ou o currículo de algum vereador".
Ato falho
Ao responder ao líder do governo, Daiane se confundiu e chamou Daniel Santos de Daniel Guerra. Foi um momento de descontração em uma sessão tensa.