Bom Dia! A quinta-feira amanhece com suavidade, como quem convida a respirar mais fundo e lembrar do que é essencial... Entre tantos compromissos, é preciso reservar um espaço para si, sem culpa, com ternura... Às vezes, é difícil encontrar um intervalo na agenda, mas conservando a paz no coração já é um alívio... Feliz dia!
"Cuidar de si não quer dizer ‘eu antes de tudo’, mas com certeza significa ‘eu também’." (Hammed).
Minha agenda, assim como a de muitas pessoas, está sempre lotada. Tenho que fazer uma verdadeira ginástica, quando surge algum imprevisto. Confesso que não sou prioridade em minha própria agenda. Porém, consigo cuidar de mim mesmo, apesar das muitas tarefas e solicitações. Sempre fui educado para olhar pelos outros e suas necessidades. Sim, durante muito tempo, fomos ensinados que cuidar dos outros é uma virtude e que pensar em si pode soar como egoísmo. Mas o cuidado verdadeiro nasce do equilíbrio.
Só podemos doar o que primeiro cultivamos dentro de nós. Quando nos esquecemos, nos abandonamos ou nos sobrecarregamos, o gesto de amor perde sua leveza e a a pesar. O cuidado consigo mesmo não é capricho, é consciência. É perceber que há um coração que pulsa, uma mente que precisa de silêncio, um corpo que clama por descanso e uma alma que busca sentido. Não se trata de colocar-se acima dos demais, mas de lembrar que também estamos entre aqueles que merecem amor.
O eu também é uma forma de humildade, de reconhecer a própria humanidade, com suas fragilidades e necessidades. Quem se doa o tempo todo sem jamais repousar em si mesmo corre o risco de adoecer, de perder a ternura, de transformar o dom em obrigação. Há dias em que o gesto mais generoso é parar. Escutar o próprio cansaço, aceitar os limites e acolher-se com a mesma compaixão oferecida aos outros. O cuidado com o outro permanece, mas agora sustentado por uma fonte mais plena.
Cuidar de si é preservar o jardim onde brotam os gestos mais belos. É acender a própria luz para que ela possa iluminar ao redor. Não é autoindulgência, mas maturidade. É o reconhecimento de que a vida só encontra harmonia quando o amor se estende também para dentro. E quando essa consciência floresce, até os pequenos gestos se tornam sagrados: um café tranquilo, uma oração silenciosa, um sim dito sem culpa, um não dito com paz.
Afinal, o cuidado começa quando aprendemos a nos incluir, sem nos excluir dos outros. E é nesse espaço de verdade e acolhimento que mora a paz. Bênção! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraço!