Bom Dia! Acordando sem pressa... O sábado amanhece com um toque mais suave, quase como quem pede para que se ande devagar... Nosso coração anseia por quietude e paz... Obrigado, mês de maio, por nos ofertar 31 dias... Na liturgia, festa da Visitação de N. Sra à prima Isabel... Neste dia, coroamos N. Sra... Feliz sábado!
"Amadurecer é se retirar progressivamente do mundo das aparências." (Goethe).
A maturidade é uma meta a ser alcançada diariamente. Há quem afirme que estamos amadurecendo mais tarde. No ado, não tinha outra alternativa: a auto sustentação obrigava sair de casa ainda na tenra idade. No meu caso, para estudar saí de casa com 12 anos incompletos. Aos 14 anos já estava num chão de fábrica. Por necessidade, amadureci cedo. Hoje, olho para trás e agradeço a Deus pelo caminho trilhado e pela maturidade alcançada. Nem sempre o amadurecimento vem com barulho e movimentações. Na maioria das vezes, ele se apresenta de modo silencioso, discreto, quase invisível, feito folha que cai sem fazer barulho. De repente, percebemos que aquilo que antes parecia urgente já não nos tira mais o sono.
O que antes impressionava já não nos seduz. E que os olhares que nos julgavam aram a ter menos peso do que a paz que conquistamos por dentro. Amadurecer é um gesto contínuo de desapego, não da vida, mas das máscaras. É compreender que ser é muito mais do que parecer. Que os cenários montados para agradar ou provar algo não sustentam o que se vive no íntimo. É quando a profundidade ganha lugar no palco da existência e o aplauso externo já não é mais necessário para confirmar quem somos. Há um momento, e ele sempre chega, em que o silêncio se torna mais valioso que o excesso de palavras, a verdade mais bonita que a performance, e a alma mais importante que o espelho.
É nesse ponto que os vínculos se transformam: permanecem aqueles que reconhecem a essência, e não a embalagem. O amadurecimento também ensina a sair de algumas cenas sem ressentimento, a deixar conversas pela metade, a não responder provocações e a não estar onde só há aparência. Porque crescer por dentro é aceitar que nem tudo precisa ser dito, provado ou justificado.
É confiar na coerência de quem caminha de forma serena e inteira. E por mais que o mundo ainda exija máscaras, pressa e brilho, o coração maduro escolhe a leveza de ser verdadeiro, mesmo que isso custe a superficial iração dos outros. A liberdade mora aí: no desapego das fachadas e na beleza de ser sem precisar parecer.
Bênção! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraço!