A desistência da construção do Parque Automotivo segue dando dor de cabeça para o Executivo na Câmara de Caxias. Se num primeiro momento a maior repercussão foi nas redes sociais, nesta terça-feira (3) os vereadores se debruçaram sobre o tema a partir de um pedido de informações do vereador Capitão Ramon (PL).
A pista de arrancada estava prevista para uma área de Vila Seca e dividiria espaço com o Parque Rural, que também está nos planos do município. Em abril, porém, a istração chegou à conclusão de que o terreno não poderia receber as atividades automobilísticas por fatores ambientais, de relevo e por pedido da comunidade do distrito.
Como não poderia deixar de ser, o debate foi acalorado. Capitão Ramon afirmou que o município gastou R$ 3 milhões para comprar uma área que não servirá para nada. A declaração foi rebatida pela base governista, já que o terreno vai abrigar o Parque Rural. O líder do governo, vereador Daniel Santos (Republicanos), classificou as declarações do colega como “palhaçada” e disse que vai acionar a Procuradoria Geral do Município (PGM) para tomar medidas contra as informações falsas.
— Tudo para ter engajamento nas redes sociais, eu acho que tem que ter um limite também — declarou.
Já o vereador Wagner Petrini (PSB), vice-líder de governo, disse que a declaração de que o terreno “serve para a nada” está “diminuindo toda a nossa cultura, principalmente o tradicionalismo”.
O termo escolhido por Santos desencadeou outras reações:
— Palhaçada é colocar máquina onde não está acontecendo absolutamente nada — rebateu Daiane Mello (PL).
Foi uma referência a um vídeo de 25 de setembro de 2024 que mostra uma retroescavadeira trabalhando no terreno. Capitão Ramon pegou carona e exibiu um cartaz com reportagens falando do terreno e a inscrição “palhaçada”, enquanto pediu um minuto de silêncio.
O pedido de informações acabou aprovado, mas teve votos contrários de Daniel Santos, Rafael Bueno (PDT) e Cristiano Becker (PRD).