
Após dois meses de número crescentes de febre chikungunya, Carazinho registrou desaceleração dos casos nas últimas semanas. Conforme o de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-RS), a cidade registrou dois novos casos da doença nos últimos sete dias. Há um mês, o município de 65 mil habitantes registrava 49 casos por semana.
A situação levou Carazinho a se tornar a primeira cidade a registrar mortes pela doença na história do RS. Atualmente, são 236 casos confirmados de febre chikungunya, conforme o boletim epidemiológico atualizado na segunda-feira (19) pela prefeitura. Outros 19 estão em investigação e 72 em análise no Laboratório Central (Lacen).
A secretária municipal de Saúde, Carmen Santos, atribui a desaceleração dos casos às ações de enfrentamento realizadas diariamente, que incluem monitoramento, protocolos sanitários, mutirões de limpeza e manejos. Os bairros mais afetados, Sassi, Operário e Oriental, seguem com maior atenção.
— Monitoramos as pessoas contaminadas, organizamos manejos, e usamos até drones para identificar fundos de casas com piscinas ou acúmulos de lixos, para fazer ações pontuais. O Estado também nos forneceu fumacê para uso externo e também de outro modelo para uso interno em locais com maior encontro de pessoas — disse a secretária.
Ainda conforme a secretária, há planejamento para que algumas ações sigam até o próximo ano, para evitar a proliferação do vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti:
— Existem protocolos para todas as frentes. Sabemos que o óvulo pode ficar na borda dos recipientes por até um ano, se não for feita a manutenção devida, então estaremos atentos e temos planejamentos para daqui um ano.
Testes rápidos aceleram identificação dos casos

No início do mês, Carazinho recebeu mil testes rápidos, adquiridos pela Secretaria Municipal de Saúde, para monitorar e combater o avanço da febre chikungunya.
Isso também facilitou o processo de identificação dos casos e, consequentemente, freou uma possível contaminação ao diagnosticar mais cedo, como explica a secretária:
— Os testes estavam demorando de 20 a 30 dias, o que ultraava o prazo de contaminação da chikungunya, então o quanto antes identificarmos, facilita. Agora o paciente testa e já vai para casa no acompanhamento.
Fique atento aos sintomas
Caso alguém apresente sintomas como febre alta e dores nas articulações, o recomendado é procurar uma unidade de saúde o quanto antes para fazer o teste e iniciar o tratamento adequado.
Entre as práticas que evitam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da febre chikungunya, além de outras doenças como dengue e zika, estão:
- Eliminar água parada em vasos, pneus, garrafas, latas e outros recipientes que possam acumular água
- Utilizar repelentes regularmente, especialmente ao entardecer e nas primeiras horas da manhã, quando o mosquito está mais ativo
- Manter o lixo bem fechado e os terrenos limpos, sem acúmulo de entulho, que podem servir de criadouros para o mosquito.