• Linguagens, Matemática e Ciências da natureza;
  • Linguagens, Matemática e Ciências humanas e Sociais;
  •  Formação técnica e profissional.
  • A proposta, no entanto, não agradou secretários estaduais, que desejam mais flexibilidade na configuração dos itinerários. Uma das discussões na reunião dessa segunda foi a possibilidade de haver pelo menos cinco formatações, das quais uma seria voltada para educação técnica e profissional.

    Após o debate, o modelo que mais se aproximou do consenso foi a integração de três áreas do conhecimento, mas sem defini-las previamente. Dessa forma, não seria obrigatório todos os itinerários terem Linguagens e Matemática. Mas, apesar de agradar a maioria, o martelo ainda não foi batido.

    A redução da carga horária da formação básica também era um pleito de secretários de educação e conselhos estaduais, que entregaram na semana ada um documento ao ministro Camilo Santana, pedindo um total de 2,1 mil horas, 300 a menos do que propunha o MEC. Nesta segunda, o ministério, no entanto, resolveu atender parcialmente o pedido, reduzindo a carga horária apenas do ensino técnico.

    Essa dificuldade na oferta do ensino técnico ocorre porque, na proposta anterior do MEC, sobrariam apenas 800 horas para a parte profissional. Como o Estadão mostrou, mais de 65% dos cursos técnicos têm hoje 1,2 mil horas, segundo exigências curriculares do próprio ministério. Ao se adicionar as 2,2 mil horas para as disciplinas básicas, como quer o MEC, ficaria um total de 3,4 mil horas, o que não é possível de se oferecer em um turno apenas — manhã, tarde ou noite.

    Na semana ada, os secretários estaduais de Educação também pediram ao MEC que mudanças no Novo Ensino Médio ocorram só a partir de 2025. Em articulação inédita, o apelo foi feito juntamente com o Conselho Nacional de Educação (CNE) e os conselhos estaduais da área. O documento dizia que qualquer modificação é "inviável para o ano letivo de 2024, cujo planejamento já teve início à luz da legislação vigente".

    A secretária executiva do MEC, Izolda Cela, coordenou a reunião. Considerada uma pessoa ponderada e com abertura ao diálogo, Cela é vista com bons olhos pelos gestores estaduais, sobretudo neste tema, visto como um ponto sensível. Na semana ada, a reunião do MEC com as entidades foi conduzida pelo ministro Camilo Santana, que, desta vez, estava em viagem ao Ceará.

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