Entre especialistas e novos motoristas, os motivos vão desde o preço até novas formas de se deslocar, como transporte por aplicativo, além de questões ambientais.
Mas os centros de formação de condutores percebem que existem outros motivos que afastam os jovens.
— Muitas vezes o jovem se desloca a pé, as distâncias são menores, ou utiliza a bicicleta, ou também as patinetes, a bicicleta, que é o meio mais difundido que nós temos — afirma Ricardo Hegele, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego no RS.
O sindicato dos centros de formação de condutores percebe também que a geração de jovens que tem completado 18 anos é mais questionadora:
— Quer discutir qual é o conteúdo, o que ele tem que fazer, quais são os dias que tem aula, quanto custa... E aí mede sua necessidade em obter uma CNH. Às vezes, a CNH deixa de ser uma prioridade — comenta Eduardo Baldeira, consultor de educação do SindiCFC/RS.
O educador financeiro Josias Bento sugere analisar se o custo da habilitação compensa no dia a dia. Ele afirma que é preciso levar em consideração o preço do carro - para comprar e também para manter.
— Além de calcular a parcela que a gente vai ter daquele carro, tem que calcular também o IPVA, as taxas de manutenção, o custo da gasolina, a depreciação do veículo. Normalmente o veículo deprecia em torno de 5 a 10% ao ano, então isso tem que estar no cálculo para saber se faz sentido ter um veículo naquele momento — diz.
Habilitações entre 18 a 25 anos no RS