Tecnologia para a saúde

Os negócios digitais têm se movimentado para oferecer tecnologias que possam frear a propagação da doença. Startups gaúchas têm mergulhado na criação de softwares e aplicativos que ajudem equipes médicas a fazerem consultas remotas, organizem plantões hospitalares com alto número de funcionários e até gerem questionários com embasamento científico para identificar possíveis infectados. 

A Stargrid, instalada no Tecnopuc, acrescentou novas funcionalidades a sua plataforma de gestão de escalas em hospitais. A empresa, com clientes como Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, usou Inteligência Artificial para filtrar funcionários de áreas operacionais e médicas nos grupos de risco para manter distância dos infectados. Pelo programa, enfermeiros e técnicos poderão avisar ao gestor da escala se estão com algum sintoma da covid-19, e então serem imediatamente afastados.

— amos os últimos dias trabalhando até 15 horas para atualizar a plataforma com funções que possam achatar a curva de transmissão do coronavírus — explica Guilherme Bunse, CEO da Startgrid.

Até esta sexta-feira (27), mais de 80 programadores voluntários de diferentes países estão mobilizados para pensar em tecnologias que ajudem a healthtech (startups da área da saúde) Eagle Care, instalada no Tecnosinos, a ajustar sua plataforma para contribuir no combate ao coronavírus. Ao final do processo, a empresa oferecerá chat online entre pacientes e voluntários da área da saúde, incluindo médicos e psicólogos, serviço de consulta à distância por vídeo e questionários que indicarão risco de o usuário estar com o coronavírus, feitos com e de professores da Faculdade de Medicina da Unisinos.

— Os serviços serão disponibilizados gratuitamente por seis meses às prefeituras — projeta Moisés Lima, diretor da Eagle Care, ao informar que municípios como Rio Grande e São Leopoldo já manifestaram interesse pelo uso.

Iniciativas como esta, que buscam colaboração para conter a pandemia, têm se alastrado pela comunidade da inovação no país. A 100 Open Startups, plataforma aberta que conecta empresas e startups, lançou um chamado emergencial para o desenvolvimento de ferramentas que resolvam problemas trazidos pelo coronavírus. Mais de 300 startups e 70 instituições já se inscreveram para trabalhar em ideias que melhorem tratamento de pacientes, distribuição de informação, logística de medicamentos, entre outros.

Diversas organizações de tecnologia e empreendedorismo gaúchas, ao lado de governo do Estado e prefeitura da Capital, se uniram para promover o projeto Start.Health: Startups vs Covid, uma seleção de startups que possuam soluções capazes de ajudar no combate imediato à doença. As inscrições ocorrem até 31 de março neste site

Já o Tecnopuc abriu seus laboratórios para a comunidade testar produtos, processos ou serviços que ajudem a combater o coronavírus. O local tem equipamentos de ponta para fazer maquetes, impressoras 3D e ambiente de modelagem de projetos. 

— É natural que as startups, que são muito ágeis no desenvolvimento de soluções e responsivas às demandas do mercado e da sociedade, estejam mobilizadas para ajudar a combater o coronavírus — avalia Jorge Audy, do Tecnopuc. 

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