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No fim do julgamento, o advogado Vanderlei Pompeo de Mattos, que representa Graciele, disse que a dosimetria (cálculo) da pena foi acima do mínimo legal e que buscará recurso para reduzi-la. Gustavo Nagelstein, que defende Edelvânia, disse que pretende recorrer, porque a confissão da sua cliente não foi reconhecida na sentença.
A defesa de Evandro, Luiz Geraldo Gomes dos Santos, falou à reportagem que fará pedido
para que ele vá para regime aberto. Os advogados que representam Boldrini não quiseram falar e alegaram apenas que vão estudar se recorrem.
Já os três promotores responsáveis pela acusação exaltaram o resultado, destacando os trabalhos realizados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.
– (Os elementos trazidos) mostram os fatos como ocorreram – avaliou Ederson Vieira.
Seu colega Bruno Bonamente foi além:
– Resultado excelente. A dossimetria será avaliada em momento oportuno. Caso que exigiu esforço jurídico e carga emocional muito grande – disse.
Silvia Jappe, por sua vez, lembrou do caso desde a denúncia, ando pela fase processual, até o júri, nesta semana,
– Não foram cinco dias de árduo trabalho, mas cinco anos de árduo trabalho. Não há como dizer que não afetei com isso (com a morte de Bernardo).
Para chegar ao veredito, sete jurados ouviram as declarações dos quatro réus, argumentos da defesa e acusação e declarações das testemunhas apresentadas pelos dois lados. Foram mais de 60 horas de julgamento. O conselho de sentença, como é chamado o grupo, foi composto por cinco homens e duas mulheres. Para eliminar possível contaminação do voto, os jurados ficam em um hotel isolado, sem contato com televisão ou qualquer outro meio de comunicação.