Em 2016, 4.645 mulheres foram assassinadas no país, ou seja, 13 vítimas por dia. Esse dado representa uma taxa de 4,5 homicídios para cada 100 mil brasileiras. Em 10 anos, observa-se um aumento de 6,4% nesse índice.
Roraima apresentou, em 2016, o pior desempenho entre os Estados, com taxa de 10 homicídios por 100 mil mulheres. Em contrapartida, São Paulo (2,2), Piauí (3,0) e Santa Catarina (3,1) tiveram as menores taxas. Desses três, apenas São Paulo apresentou queda na década (40,4%). Em Santa Catarina, houve aumento de 3,5% e no Piauí de 50%. Rio Grande do Norte e Maranhão tiveram os maiores aumentos da década, cerca de 130%.
Os dados de 2016 indicam que a taxa de homicídios é maior entre as mulheres negras (5,3) que entre as não negras (3,1) — a diferença é de 71%. Em relação a 2006, a taxa de homicídios para cada 100 mil mulheres negras aumentou 15,4%, enquanto que entre as não negras houve queda de 8%.
No Rio Grande do Sul, a taxa de homicídios de mulheres negras é de 4,9 para cada 100 mil habitantes. Em 20 Estados, a taxa cresceu no período compreendido entre 2006 e 2016, sendo que em 12 deles o aumento foi maior que 50%. No RS o aumento foi de 57,1%.