Preocupação excessiva em perder peso, sob o pretexto de estar gordo ou de que “não será amado(a)” no peso atual.
Corte de alimentos da dieta de forma abrupta, como açúcares, carboidratos e proteínas, sem uma substituição equivalente.
Refeições “puladas”, com o argumento de não estar com fome.
Emagrecimento rápido e contínua insatisfação com o próprio corpo.
Comida, dieta e corpo am a se tornar os únicos assuntos de interesse.
Alimentos am, de uma hora para outra, a serem rotulados como “bons” ou “maus”, sem sequer aquela a exceção do fim de semana.
Queda de cabelo.
Isolamento social: o indivíduo deixa de sair com os amigos por se sentir gordo.
Mudança de comportamento: a pessoa se torna mais fechada, irritada e lacônica.
Prática de exercícios físicos de forma intensa, algo que médicos chamam de “comportamento purgatório”: a pessoa começa, do nada, a correr duas horas por dia, a puxar pesos, a fazer polichinelos após a refeição.
O indivíduo corre para o banheiro logo após fazer refeições, acompanhado do barulho da água saindo da torneira ou de música alta (uma forma de disfarçar o vômito).
Começar rituais específicos antes de comer: cortar a comida em pedacinhos, comer sozinho.
Cheiro constante de vômito em peças de roupa ou cabelos.
Dicas para os pais
Não cobre do seu filho a perda de peso. Em vez disso, ensine a alimentar-se de forma de saudável: quando o foco é a boa dieta e não a magreza, a neura com o corpo é combatida.
Ao demonstrar preocupação, foque no “eu” em vez de “você”. Prefira dizer “estou preocupado que você parou de comer” no lugar de “você não está comendo mais”.
Pergunte como seu filho ou filha se sente em relação ao próprio peso. Tente mostrar que o valor da balança não é a característica mais importante.
Não prometa segredo se você ficar sabendo que alguém próximo apresenta práticas típicas de quem tem transtorno alimentar. Anorexia, bulimia e compulsão são doenças que precisam ser tratadas.
Avise familiares se seu amigo ou amiga aparenta ter um transtorno alimentar. Só assim o problema será tratado com profissionais.
Faça refeições à mesa com seu filho.
Fique de olho em quem seu filho ou filha acompanha nas redes sociais. Influenciadores fitness podem ar a ideia de que a felicidade está apenas no corpo perfeito. Explique que a felicidade não está na magreza.
*O repórter viajou a Brasília a convite da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)