Nosso último encontro foi no Santos Dumont, no Rio, em novembro de 2010. Ele aguardava um voo para Salvador e eu voltava para casa. Ao ver-me, interrompeu de imediato a conversa com um desconhecido, puxou-me pelo braço e disse: "Obrigado por me salvar. Este chato estava já na décima piada de judeu, e eu desesperado que ele contasse ao menos uma que eu não conhecesse!".
Ocorreu-me, então, o quanto seria divertido se ele proferisse uma conferência na Academia Nacional de Medicina sobre o humor judaico, um dos seus temas preferidos. Ele ficou entusiasmado com o convite e nos despedimos. Só nos esquecemos de combinar que ele não morresse antes do fim daquele verão.