• Idade superior aos 35 anos
  • Histórico de pré-eclâmpsia em outras gestações
  • Histórico de hipertensão arterial
  • Histórico de doença renal crônica
  • Histórico familiar (de primeiro grau) de pré-eclâmpsia
  • Lúpus
  • Síndrome antifosfolípide
  • Diabetes tipo 1 ou 2
  • Obesidade
  • Gravidez resultada de fertilização in vitro
  • Gestação gemelar
  • A partir da identificação desses fatores de risco, as gestantes podem tomar algumas medidas preventivas. Entre as opções, Cunha Filho afirma que costuma ser receitado a suplementação de cálcio, o consumo de um medicamento chamado ácido acetilsalicílico e a prática regular de exercícios físicos. O ideal, de acordo com o médico, é que sejam feitos, pelo menos, 140 minutos de atividades semanalmente.

    O único tratamento efetivo para a pré-eclâmpsia é o nascimento do bebê.

    EDSON CUNHA FILHO

    Chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Moinhos de Vento

    Diagnóstico 

    O obstetra garante que, em toda consulta do pré-natal, a pressão arterial da gestante deverá ser medida. Alterações nesses níveis são o primeiro sinal de alerta. Outros sintomas, como dor de cabeça permanente (principalmente na região da nuca), visão borrada ou com pontinhos luminosos, náusea e vômito a partir da segunda metade da gestação também chamam atenção para a possibilidade de desenvolvimento da condição.

    Dor forte na região do estômago, edema generalizado e ganho de peso muito rápido também são sinais de alerta. Pacientes que, mesmo sem alteração da pressão arterial, notam algum desses sinais de alerta, devem entrar em contato com o seu obstetra ou procurar uma emergência para fazer uma avaliação complementar — defende.

    Ao diagnosticar a condição, o recomendado, de acordo com Cunha Filho, é a internação hospitalar, para monitorar a mãe e o feto. É neste momento que serão realizadas medições de níveis de pressão arterial, exames laboratoriais da mãe e avaliações fetais para saber se o bebê pode ser afetado por uma má circulação placentária, o que é comum em gestações com pré-eclâmpsia.

    Tratamento

    Em casos específicos, a grávida poderá ser acompanhada de casa, se não houver sinais de gravidade e se ela for bem orientada, tiver o contato dos médicos e fácil o a uma emergência. Não havendo essas condições, a gestante deve continuar sendo acompanhada profissionalmente no hospital.

    O único tratamento efetivo para a pré-eclâmpsia é o nascimento do bebê. Quando descobrem a doença acima das 37 semanas, os médicos fazem o nenê nascer. Abaixo desse tempo, tentamos postergar a gestação, desde que não haja sinais de gravidade. Se houver sinais de gravidade, em que há risco de vida para mãe ou para o bebê, a gestação tem que ser interrompida independentemente da idade gestacional — relata o especialista.

    Segundo Cunha Filho, são por essas características que a doença está associada a elevadas taxas de prematuridade e mortalidade infantil, e a alta mortalidade materna. Ele acrescenta que alguns centros mais especializados contam com recursos nas UTIs neonatais que permitem oferecer cuidados intensivos aos bebês prematuros, nascidos a partir das 22 semanas.

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