O Brasil ultraou a marca de 1 milhão de casos prováveis (clinicamente compatíveis mas ainda sem confirmação) de dengue em 2024, conforme dados do de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.
Até o momento, foram registrados 1.017.278 casos e 214 mortes, com mais 687 óbitos em investigação. Do total de notificações, 450.707 são infecções confirmadas pelo governo federal.
Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis (362.624) entre os Estados, seguido de São Paulo (178.151), Distrito Federal (102.757) e Paraná (101.296), os únicos que aram dos 100 mil casos até agora. O Rio Grande do Sul aparece em 10º lugar, com 14.343 casos prováveis, segundo o ministério.
O coeficiente atual de incidência da dengue no país é de 501 casos prováveis para cada grupo de 100 mil habitantes. Neste quesito, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar: 3.612,7 casos por 100 mil habitantes. Atrás, estão Minas Gerais (1.714), Espírito Santo (988,1) e Paraná (878,2). O RS está na 15ª posição, com 131,6.
Seis Estados (Acre, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio de Janeiro) e o Distrito Federal, além de 154 municípios, já decretaram situação de emergência por causa da doença.
O Ministério da Saúde iniciou uma campanha de imunização contra a dengue mas, por conta da baixa oferta da vacina Qdenga, alguns Estados não receberam doses, caso do Rio Grande do Sul. A aplicação do imunizante começou em fevereiro e é destinada para crianças e adolescentes de 10 aos 14 anos de 521 cidades selecionadas pelo Ministério da Saúde por terem maior carga da doença. Estados estão escalonando a aplicação, iniciando pelos mais jovens.
A vacina foi aprovada pela Anvisa para todos, de quatro a 60 anos, independentemente de histórico de infecção prévia pela dengue. No Sistema Único de Saúde (SUS), porém, foi definido um público-alvo mais devido ao quantitativo baixo de doses disponíveis em 2024.
No RS, a Qdenga chegou a ser oferecida em farmácia e clínicas, mas devido à procura, redes apresentaram falta do produto. A segunda dose para quem iniciou o ciclo vacinal é garantida pelo laboratório, que afirma estar priorizando a entrega de doses para o Ministério da Saúde.