A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou estudo afirmando que o imunizante tem eficácia acima dos 70% para proteger da variante brasileira, batizada de Gama. Uma nova pesquisa conduzida pela Fundação, em parceria com o Ministério da Saúde, deve avaliar o grau de proteção contra as demais variantes do coronavírus.
Um estudo publicado no The New England Journal of Medicinemostrou que duas doses da vacina da AstraZeneca são quase tão eficazes contra a variante Delta quanto se mostraram contra a versão original do coronavírus. Segundo os dados, o imunizante teve eficácia de 67% contra a nova cepa versus 74,5% apresentados originalmente.
Público
No Brasil, são vacinadas pessoas a partir dos 18 anos, com exceção das gestantes. No Rio Grande do Sul, as puérperas também foram incluídas na lista das pessoas que não devem receber o imunizante.
Faixa etária
Autorizada a partir dos 18 anos. No Reino Unido, um estudo com adolescentes chegou a ser iniciado, mas foi interrompido.
Interações medicamentosas
Não há detalhes sobre possíveis interações em bula, devendo um médico ser consultado antes de tomar a vacina, nesses casos.
Fabricante
Parceria entre a a Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca. No Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Tecnologia
Vetor viral: tecnologia usada para desenvolver a vacina se vale de um outro vírus inofensivo para introduzir genes do coronavírus nas células e, assim, gerar resposta imune.
Intervalo entre doses
Conforme a bula, o intervalo entre doses deve ter entre quatro e 12 semanas.
Recentemente, alguns Estados, incluindo o Rio Grande do Sul, reduziram o tempo para 10 semanas.
A Fiocruz esclareceu que, com apenas uma dose a proteção já é significativa e, com intervalo maior entre as doses, a resposta imunológica é mais robusta.
Contraindicações
Em bula, a fabricante alerta para pessoas que já tiveram formação de coágulo sanguíneo importante associado a baixos níveis de plaquetas (trombocitopenia), após receber qualquer vacina para a covid-19.
Também no documento, o fabricante destaca contraindicação para alergia grave a qualquer um dos princípios ativos do imunizante.
A Anvisa solicitou, em 12 de julho, a alteração na bula da vacina, incluindo a contraindicação para pessoas com histórico de síndrome de extravasamento capilar. Segundo a Agência, trata-se de um evento raro, porém, grave.
No começo de julho, a Anvisa também recomendou que gestantes não usassem vacinas de vetor viral.
Efeitos adversos
Em bula, o destaque é para dor, hematoma e coceira no local da aplicação, indisposição, fadiga, calafrio ou sensação febril, dor de cabeça, enjoos e dores musculares e articulares. Raros são os registros de coágulos sanguíneos em combinação com níveis baixos de plaquetas no sangue (trombocitopenia). A frequência desses registros foi inferior a um em 100 cem mil indivíduos vacinados.
Estudos/ alertas
Um estudo para avaliar uma terceira dose em pessoas que receberam o imunizante foi autorizado pela Anvisa nesta semana. Esta terceira dose da vacina será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda dose.
Outro estudo de fases II/ III será conduzido no país para avaliar um imunizante atualizado para conferir proteção contra a variante Beta, originária na África do Sul.
Assim como para a Janssen, a Anvisa solicitou ao fabricante da vacina de Oxford que altere a bula, contraindicando o uso para para pessoas com histórico de síndrome de extravasamento capilar.