Em 2014, a legislação ficou mais rigorosa: o consumo de cigarro foi proibido em áreas públicas parcialmente ou completamente fechadas, como bares e restaurantes. A medida, conforme o estudo, resultou em uma redução de 5,2% da mortalidade infantil e de 3,4% de mortalidade neonatal.

De acordo com os pesquisadores, o impacto nas mortes infantis se deve à redução dos problemas de saúde ligados à exposição à fumaça ou ao fumo durante a gestação, como a síndrome da morte súbita infantil e infecções respiratórias. Thomas Hone, da School of Public Health do Imperial College London, que e líder do estudo, disse:

— Pode-se ver pelo exemplo brasileiro a diferença que podemos fazer para a saúde das crianças banindo completamente o cigarro em áreas públicas. Infelizmente, a maioria das pessoas do mundo ainda não estão cobertas por proibições abrangentes antifumo. É chocante que tantos bebês e crianças estejam sendo prejudicados pelo fumo ivo quando uma medida relativamente simples pode ajudar a evitar esses danos.

Andre Szklo, do Inca, acrescentou a importância de os governos ampliarem as políticas antifumo como forma de proteger os pequenos.

— As crianças têm o direito de estarem protegidas contra os prejuízos causados pelo tabagismo.

Foram analisados os dados de todos os municípios brasileiros. 

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