Até o final da tarde desta terça-feira (14), conforme a plataforma da prefeitura, o Sarandi era o bairro com o maior número de habitantes afetados, com 26.042 moradores, seguido por Menino Deus (18.231), Farrapos (17.522), Humaitá (12.617), e Cidade Baixa (9.338). De acordo com a Defesa Civil do município, cerca de 14 mil pessoas estão nos abrigos instalados na Capital.
Em relação às edificações afetadas, o Sarandi também foi o bairro de Porto Alegre mais atingido, com 8.172. Em seguida, estão Farrapos, com 4.338, São Geraldo (2.729), Floresta (2.279), e Navegantes (1.960).
O informativo da prefeitura também aponta que a enchente na cidade atingiu diretamente a estrutura de 160 escolas. Apenas na rede municipal, 12 unidades de ensino foram total ou parcialmente alagadas, e outras 11 sofreram danos estruturais como destelhamento e infiltrações.
Também foram atingidos pela enchente, conforme os critérios do levantamento da prefeitura, a estrutura de dois hospitais — o Porto Alegre, na Rua Antônio Francisco da Rocha, bairro Azenha, e o Mãe de Deus, na Rua José de Alencar, bairro Menino Deus. Outras 22 unidades de saúde, três farmácias populares e quatro clínicas de família do município também sofreram impacto das águas da inundação.
A plataforma desenvolvida pela prefeitura ainda demonstra que cerca de 46 mil empresas com sede na Capital foram diretamente impactadas pela enchente. Destas, aproximadamente 29 mil são do segmento de Serviços, o mais afetado, além de 11 mil do Comércio e outras 5,5 mil da Indústria. Também foram atingidas pelas águas 186 praças, 12 parques e largos, e 1.081 quilômetros de extensão de vias públicas do município.
— Mobilizamos esforços de vários setores da prefeitura para desenvolver essa plataforma, e esses dados que já estão sendo computados vão ser essenciais para basear o planejamento de reconstrução das áreas mais atingidas da cidade — reforça Vaneska Paiva Henrique.