
Clássica parada pré-festa na Cidade Baixa desde o fim dos anos 1990, a Pizzinha pode se despedir do bairro boêmio nos próximos meses. Depois de 22 anos no mesmo local, na Rua José do Patrocínio, os proprietários colocaram o ponto à venda. A decisão foi tomada em razão da queda de 60% nas vendas durante a pandemia, que provocou atraso no pagamento dos aluguéis.
Segundo César Borckhardt, sócio do negócio e filho do fundador, Sérgio Borckhardt, as dívidas já somam R$ 15 mil. Ele diz que, com a venda, pretende quitar o valor, trocar a Cidade Baixa por um ponto mais barato, fora da Região Central, e focar no serviço de tele-entrega.
— Trabalho na pizzaria desde sempre. É difícil mudar na incerteza, se vai dar certo, mas se a gente ficar, vai acumular mais dívidas. É uma situação que saiu do controle — diz.
O anúncio foi publicado em sites de venda e no market place do Facebook há cerca de duas semanas, mas ainda não houve interessados. Os sócios trabalham com duas possibilidades: vender o local com os equipamentos, por R$ 90 mil, ou somente o ponto, por cerca de R$ 50 mil.
— A gente colocou até na OLX (site de vendas). Sempre vem alguém oferecendo um cavalo, uma casa na praia, mas nem isso apareceu — conta.
Inaugurada em 1998, a Pizzinha vende pizzas individuais e atende, principalmente, o público que frequenta os bares e festas da Cidade Baixa. Anos atrás, a marca foi franqueada, e chegou a ter mais duas lojas e um food truck. A operação dos pontos físicos foi encerrada em 2019, após divergências entre os proprietários e os franqueados.