Casa e comida podem virar salário de trabalhador rural com reforma
Calcule quando você poderá se aposentar se a reforma da Previdência for aprovada

Sobre a possibilidade de venda integral das férias (atualmente, apenas um terço pode ser negociado), Nilson Leitão defende que a ideia é acabar com uma informalidade existente no âmbito rural entre patrão e empregado:

– Muitos acabam vendendo as férias, informalmente. Com a mudança, o empregado pode propor a venda das férias, o patrão aceita e ele homologa no sindicato. Mas deve ser uma decisão do empregado.

Para a advogada Jane Berwanger, é um equívoco fazer uma distinção entre trabalhador urbano e rural nos seus direitos mais básicos enquanto uma reforma trabalhista já está em andamento. Sobre o artigo 3º, a advogada rebate que o texto deixa margem para que se entenda que o pagamento ao trabalhador seja em soja, trigo ou milho, por exemplo.

Em relação a férias e jornada de trabalho, para ela, a teoria pode ser diferente da prática:

– Não é bem assim dizer que a pessoa vai poder pedir as coisas. A gente sabe que, na prática, o empregador coloca na mesa a regra e o empregado se vê em uma condição em que ou ele assina e concorda, ou perde o emprego. A jornada de trabalho é um grande problema, pois uma jornada de 12 horas por dia em um trabalho rural, que é pesado, pode provocar adoecimento de pessoas.

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