Alternativa para deslocamento entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis desde a enchente de maio, a ponte de ferro de Feliz, no Vale do Caí, será interditada por 90 dias. A interrupção começa no próximo dia 15 e ocorre para correção de problemas estruturais da travessia. Os danos já existiam e o conserto estava programado, mas a cheia do Rio Caí agravou a situação.
A travessia se tornou uma das principais alternativas entre Caxias e a Região das Hortênsias devido à interrupção da BR-116 no km 181, que a por obras desde junho de 2023, e aos danos na ponte sobre o Rio Caí, em Vila Cristina. Além disso, a ponte de Picada Cará, em Feliz, que era o principal caminho da cidade para se chegar a Linha Nova e depois Nova Petrópolis, também ruiu.
Conforme a prefeitura de Feliz, os danos que existiam na ponte antes da enchente envolviam corrosão e uma fissura no pilar sul da estrutura. Com a enchente, porém, a trinca do pilar aumentou e ainda houve pressão da água sobre a travessia. A correnteza também causou erosão junto à base do pilar. Algumas intervenções já tiveram início, mas até agora os fechamentos foram apenas pontuais.
— A complexidade de uma obra dessas é grande, mas ela é mais do que necessária. Nessas condições, a ponte de ferro não vai resistir até que a nova ponte (já projetada) esteja pronta, tampouco terá condições de enfrentar as próximas cheias — explica o prefeito Junior Freiberger.
A recuperação da ponte vai envolver o reforço e a correção das rachaduras no pilar sul, a elevação da estrutura por meio de um macaqueamento hidráulico, correção das fundações dos pilares, troca do piso e recuperação da estrutura metálica. A parte superior da ponte também vai receber uma viga de concreto, que demanda tempo para secagem.
— A vibração do tráfego pode impedir que o concreto novo faça aderência com a estrutura existente — explica Mayra Queiroz, arquiteta e urbanista da empresa DW Engenharia, responsável pela obra de reparo.
Durante o período de fechamento, a principal alternativa à ponte de ferro será a Ponte do Bananal, em Vale Real. A travessia já é uma alternativa entre Caxias e Nova Petrópolis e se tornou mais vantajosa devido à retomada do sistema pare e siga no km 181 da BR-116 na última semana. Pequenas elevações no nível do rio, contudo, deixam a estrutura submersa, obrigando a busca por outros caminhos.
A implantação da ponte provisória para substituir a travessia de Vila Cristina durante a reconstrução da estrutura será a principal alternativa quando ela estiver pronta. O dispositivo já deveria estar implantado, mas nova cheia ocorrida em junho prejudicou o trabalho executado até então e a liberação da agem deve atrasar em 30 dias.
Dessa forma, enquanto a ponte provisória não estiver pronta, nos dias em que a Ponte do Bananal estiver submersa, o desvio totalmente asfaltado é via São Sebastião do Caí, São José do Hortêncio, Presidente Lucena e Picada Café.
