
Depois de um começo de Brasileirão promissor, o Juventude caiu bruscamente de rendimento a partir da goleada de 6 a 0 para o Flamengo. O time alviverde já não vence há cinco rodadas, e a falta de desempenho derrubou Fábio Matias do comando técnico.
E uma das grandes dificuldades apresentadas pela equipe em campo esteve na falta de equilíbrio, sobretudo no sistema defensivo. O Verdão tem a defesa mais vazada da competição, com 20 gols sofridos após oito partidas.
E o problema maior é pelo alto. Praticamente metade dos gols sofridos foram de cabeça: nove. Sendo que seis deles tiveram como origem cobranças de faltas (três) e de escanteios (três).
Os problemas ficaram mais evidentes na partida válida pela quarta rodada, diante do Flamengo. Dos seis gols sofridos no Maracanã, três deles foram de cabeça.
Na partida seguinte, fora de casa, pela sexta rodada, contra o Inter, nova desatenção pelo alto: o meia Alan Patrick cobrou três escanteios para cabeçadas de Victor Gabriel (duas vezes) e Borré, ambos livres de marcação.
E justamente neste confronto no Beira-Rio, Fábio Matias optou por uma formação com três zagueiros, na tentativa de estancar a sangria. Foi quando o jovem Abner, destaque surgido das categorias de base do Alviverde na temporada, perdeu a titularidade e não mais retornou.
O sistema defensivo sofreu novas alterações, que aram até pelo gol, no jogo seguinte diante do Atlético-MG. Mas Marcão falhou ao tentar sair do gol para evitar que a bola chutada por Gustavo Scarpa, em cobrança de falta, entrasse no canto direito. Ele não achou nada e a bola morreu no fundo das redes.
Diante do Fortaleza, com Rodrigo Sam e Wilker como nova dupla de zaga, Caíque como esperança de dar mais contenção ao meio-campo — mesmo sem o melhor ritmo após quase nove meses sem atuar como titular — e a volta do sistema com três atacantes, o Ju não produziu no setor ofensivo e sucumbiu defensivamente para a equipe de Vojvoda. Goleada de 5 a 0 com direito a gol de tudo que é jeito: pelo alto, por baixo, de dentro da área e, especialmente, pelo lado esquerdo defensivo, onde nasceram as jogadas de três gols dos cearenses.
A defesa Alviverde após oito rodadas:
:: 20 gols sofridos, a pior dentre os 20 participantes;
:: 19 gols gols aconteceram após conclusões de dentro da área; apenas o gol do Atlético-MG, em cobrança de falta de Gustavo Scarpa, ocorreu de fora da área;
:: 9 gols de cabeça;
:: 6 gols oriundos em cobranças de faltas (3) e de escanteios (3);
:: Defesa alviverde cometeu dois pênaltis (diante de Flamengo e Mirassol).
As cinco piores defesas do Brasileirão 2025
1º Juventude, 20 gols
2º Corinthians e Sport, 14
4º Grêmio e Inter, 12
*Jogo entre Santos x Ceará, pela oitava rodada, não foi contabilizado pois equipes se enfrentam às 20h desta segunda-feira (12)