
Arilson Costa defendeu grandes clubes, como Grêmio e Inter, e fez história dentro de campo. Ele atuou no futebol do exterior e hoje vive um novo momento da carreira, como técnico de futebol. O profissional comanda o Brasil de Farroupilha e tem a missão de colocar o clube na elite do futebol gaúcho. A equipe disputa uma das duas vagas na Divisão de o.
Na última sexta-feira, o ex-jogador esteve no estúdio da Rádio Gaúcha Serra e falou sobre sua carreira no programa Show dos Esportes. O ex-jogador da dupla Gre-Nal também comentou sobre o momento da Seleção Brasileira, pois já defendeu a amarelinha. Arilson acredita que o Brasil terá um novo rumo com o técnico Carlo Ancelotti.
— Eu acredito que a Seleção vai melhorar. Porque ele vai jogar como joga na Europa. Ele vai convocar os caras da Europa, e vai jogar como europeu. Aí ele sabe como os caras jogam. Essa é a minha opinião. Eu acredito que vai melhorar. Não porque o treinador do Brasil é melhor ou pior. Nada disso. Eu só sei que pra nós jogar contra uma Alemanha, uma Espanha, esses times, nós temos que ter a mentalidade deles. Ele vai fazer o Brasil jogar como europeu. Aí que nós vamos emparelhar as coisas — analisou o ex-jogador.
Não existe mais o camisa 10 por quê? Porque eles querem que o 10 marque
ARILSON COSTA
Ex-jogador de Grêmio e Inter
O futebol brasileiro não vive a sua melhor safra de craques da bola. Talvez seja o pior momento de referências técnicas em campo. Por isso, o lado coletivo deve se sobressair. Questionado onde o Brasil tem pecado, Arilson respondeu:
— Eu acho que lá na base nós estamos podando esses atletas. Hoje em dia, o Jardel não jogaria. Por quê? Porque o ponta-direita joga na esquerda, o ponta-esquerda joga na direita. O que eles querem? Eles querem cortar para dentro pra chutar em gol. Aí, o goleiro tem que jogar com os pés. O goleiro não tem que jogar com os pés. O goleiro tem que jogar com a mão — afirmou Arilson, que completou:
— Não existe mais o camisa 10, por quê? Porque eles querem que o 10 marque. O 10 não tem que marcar. Ele vai ter que cumprir ali o papel dele, que é ficar atrás da linha da bola, quando ele estiver sem a bola, mas tem que jogar. Nós temos 10 caras pra marcar. O Nenê do Juventude é craque. Ele tem que jogar. Aí, tu vai botar o Nenê marcar, não vai. Esquece, não vai marcar. Para alguns treinadores e da base, o cara tem que ter intensidade, tem que correr nove quilômetros, 10 quilômetros. Não é assim.