O Juventude chegou ao oitavo jogo sem vitória no Brasileirão. E, mais uma vez, com tons de dramaticidade e frustração ao torcedor. Com direito a pênalti desperdiçado, gol anulado pelo VAR, bola na trave e um volume de jogo sem efetividade na segunda etapa, o time de Umberto Louzer ficou no 0 a 0 com o Goiás, no Alfredo Jaconi.
Com o resultado, a equipe alviverde chega aos 13 pontos e pode cair para a lanterna caso o Fortaleza vença seu jogo na rodada. Na penúltima partida do primeiro turno, quarta-feira (20), o adversário será o Flamengo, no Mané Garrincha, em Brasília.
A primeira chance clara do jogo foi dos visitantes. Aos cinco minutos, Dadá Belmonte pegou rebote de cobrança de escanteio e cruzou na segunda trave. O zagueiro Reynaldo, livre, desviou de cabeça para fora. Em um duelo tático interessante, o Juventude tentava ter mais a posse de bola, mas faltava qualidade na criação. A bola ficava muito tempo com os zagueiros e o Goiás era muito mais perigoso em suas chegadas.
Aos 14, Dadá Belmonte recebeu pelo lado esquerdo da área, puxou para o meio e bateu rente à trave. Três minutos depois, em chegada pelo lado direito, Rodrigo Soares cruzou e Ricardo Bueno pediu pênalti, que não ocorreu. Os goianos seguiram levando perigo, mas sem acertar a pontaria, como nas finalizações de Vinícius e Pedro Raul.
Com muitas dificuldades para finalizar, o Juventude só foi levar perigo aos 26, na base da insistência. Após jogada individual de Edinho, Paulo Henrique recuperou bola na ponta direita e serviu Rodrigo Soares, que rolou para Marlon finalizar em cima da marcação. Edinho e Moraes também tentaram, mas sem sucesso.
Aos 33, em contra-ataque rápido, Paulo Henrique recebeu na direita e cruzou na medida para Ricardo Bueno cabecear no canto para boa defesa de Moraes. Logo na sequência, Edinho encontrou Moraes nas costas da defesa e o lateral chegou na linha de fundo cruzando rasteiro, mas Bueno chegou atrasado.
O duelo seguia equilibrado, e com o Goiás buscando explorar os espaços deixados pelo Ju nos contra-ataques. Mesmo com mais finalizações para o time de Jair Ventura, o primeiro tempo acabou sem acréscimos e sem gols.
Segundo tempo
Com Pitta na vaga de Marlon, o técnico Umberto Louzer tentou tornar o Juventude mais agressivo no ataque. Logo aos dois minutos, Moraes tentou a finalização de fora da área, mas o chute saiu torto. Aos quatro, a melhor chegada alviverde na partida. Paulo Henrique recebeu de Ricardo Bueno e avançou com liberdade para a área. O extrema cruzou para trás e a bola ou por Edinho, mas ficou limpa para Moraes, que bateu forte, mas novamente sem direção.
O Juventude melhorou na partida. Aos sete, Rodrigo Soares recebeu de Jadson e cruzou para Ricardo Bueno finalizar de primeira, rente ao travessão. Quase um golaço. Na insistência, veio a grande chance de abrir o placar. Edinho recebeu na direita e cruzou para o meio da área. Pitta desviou de cabeça e a bola bateu no braço de Yan Souto. O árbitro não teve dúvidas e assinalou o pênalti. Na cobrança, aos 12, Ricardo Bueno tirou de Tadeu, mas bateu rasteiro para fora.
Mesmo com o erro, o Juventude não se abateu e seguiu insistindo na busca pelo gol. Aos 15, Paulo Henrique avançou pela direita e bateu cruzado. Tadeu espalmou, mas ninguém apareceu para mandar para a rede. Aos 22, veio o grito de gol. Rodrigo Soares aproveitou rebote na intermediária e lançou para Paulo Henrique que entrava pelo lado direito da área e escorou para o meio. Thalisson finalizou, Tadeu escorou e o zagueiro empurrou para as redes. Em um primeiro momento, gol e comemoração. Depois, o VAR confirmou o toque de mão do defensor e anulou o lance.
A partir daí, uma pressão incrível e desesperadora para o torcedor. O martírio alviverde continuou aos 36. Jean Irmer cruzou para a área e Pitta cabeceou no travessão. No minuto seguinte, a pressão continuou com a jogada de Oscar Ruiz, que tocou para Paulo Henrique e foi a área. O baixinho desviou de peixinho e a bola raspou a trave e saiu.
Oscar Ruiz teve outra grande chance aos 42. O meia-atacante teve rebote à disposição dentro da área, mas o chute de pé direito foi muito ruim, para fora. Aos 46, César ainda salvou em finalização de Hugo, de pé esquerdo.
No último lance, após cobrança de escanteio, Thalisson tentou cavar o pênalti, mas o árbitro nada marcou. Mesmo insistindo até o fim, faltou qualidade para chegar ao gol. O Juventude chegou ao oitavo jogo sem vencer.
FICHA TÉCNICA
Juventude 0x0 Goiás
Estádio Alfredo Jaconi
Juventude
César, Rodrigo Soares, Thalisson, Rafael Forster e Moraes; Jadson (Bruninho, 41/2º), Jean Irmer (Elton, 43/2º); Paulo Henrique, Marlon (Pitta, int.) e Edinho (Oscar Ruiz, 31/2º); Ricardo Bueno (Vitor Gabriel, 31/2º). Técnico: Umberto Louzer
Goiás
Tadeu; Yan Souto, Reynaldo e Caetano; Maguinho, Caio Vinícius (Auremir, 41/2º), Matheus Sales (Luan, 41/2º) , Vinícius (Danilo Barcellos, 48/2º) e Diego; Dadá Belmonte (Hugo, 26/2º), e Pedro Raul (Nicolas, 26/2º) . Técnico: Pedro Raul
Gols:
Amarelos: Paulo Henrique, Vitor Gabriel (J); Diego, Caio Vinícius, Maguinho (G).
Árbitro: Vinícius Gonçalves Dias Araújo, auxiliado por Alex Ang Ribeiro e Luiz Alberto Andrini Nogueira. VAR: Daiane Caroline Muniz dos Santos. Todos de São Paulo.
