Estamos, desde sempre, em constante mutação. Bom, foi assim que chegamos até aqui. Transformando, evoluindo. O meio, nós. Impossível que durmamos as mesmas pessoas as quais acordamos. A pessoa que fomos ontem já sabemos, já conhecemos.
Permanecer pode ser mais fácil, eu sei. Já carreguei nas costas o peso da estática. Esta que nos dá o conforto da covardia. Ficar exatamente onde se está nos faz não ter que encarar as dores que a mudança traz. Sim, mudar dói, mesmo que seja algo mínimo. Mudar exige olhar para dentro, encarar o espelho e assumir que não há perfeição.
Ninguém está totalmente satisfeito com quem se é. E tudo bem. Eu, particularmente, não vejo com os melhores olhos aqueles que se veem divinos. Vejo-os incautos e vaidosos. Oras, quem, enquanto ser humano, nada tem a melhorar">Nas telonas