
Um espaço que trata das aplicações do plástico e aborda a necessidade do descarte correto é a mais recente novidade do Sindicato Patronal das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás). Batizada de Somos o Amanhã — Sérgio I. Webber, a estrutura foi apresentada à imprensa na manhã desta quarta-feira (28). O nome é uma homenagem ao empresário Sérgio Ítalo Webber, um dos fundadores do sindicato, em 1989.
Projetado para receber estudantes a partir dos sete anos de escolas públicas e privadas do Estado, o espaço busca ser um ambiente educacional para mostrar a economia circular do plástico. Ele tem 110 metros quadrados e fica junto ao prédio da CIC de Caxias do Sul, onde também está localizada a sede do Simplás.
— Esse é um espaço para um contato maior com o plástico. Pretendemos receber até o final do ano 2,5 mil pessoas, é o nosso desafio. Ele é concomitante com o projeto Educamais, realizado nas escolas. Os alunos poderão ver na prática o que foi trabalhado — destaca Mateus Bertolini Sonda, 1º vice-presidente do Simplás.
A imersão autoguiada é dividida em quatro etapas que englobam os principais processos de transformação do plástico. No espaço, os visitantes conhecem a história do plástico, os principais processos de transformação do material e exploram produtos feitos de plástico. A sala tem, por exemplo, óculos de realidade virtual e miniaturas de máquinas.
O local pode ser usado ainda para a formação e recreação de trabalhadores de empresas associadas ao sindicato. Visitas de grupos devem ser agendadas pelo telefone (54) 3013-8484 ou pelo e-mail [email protected].
Responsabilizar também o cidadão
Durante a apresentação do novo espaço, o presidente do Simplás, Orlando Marin, também falou da necessidade de responsabilizar o cidadão que faz o descarte inadequado dos resíduos. Materiais não higienizados antes de serem colocados no lixo dificilmente poderão ser reciclados, por exemplo. Resíduos plásticos misturados ao orgânico também perdem a capacidade de serem reaproveitados.
Orlando defende a criação de uma legislação que preveja a participação efetiva da pessoa física e não somente da pessoa jurídica na cadeia de destinação do plástico.
— Dentro de um programa nacional ou de um programa municipal de resíduos sólidos precisa que haja a situação de eu, indivíduo, fazer a minha parte. Tenho que usar o produto, deixar a embalagem limpa e direcioná-lo para que seja reutilizado novamente — diz.
E acrescenta:
— Toda a mudança que diz respeito à atividade humana precisa de regulamentação. Precisa ar por uma Câmara de Vereadores, criar um projeto específico dentro de uma política municipal de resíduos sólidos que obrigue, que faça com que o cidadão cumpra a sua parte no aspecto ambiental e não somente direcionar à indústria ou ao comércio.