
Lei, ordem e fé inabalável!
O advogado e empresário porto-alegrense Luiz Fernando Gama de Medeiros é a persona que ilustra o início do mês que homenageia o Dia do Advogado. Filho de Christovão Coelho de Medeiros e Suzana Kroskostoki da Gama de Medeiros, é pai de Fernanda Luísa Gama de Medeiros e noivo da quiropraxista Patrícia Gabriela Focchesato, mãe de Valentina Focchesato, de quem Luiz Fernando também se considera pai. Profissional de destaque na área previdenciária, ele acaba de instaurar sua bandeira por estas plagas.
Qual sua melhor lembrança da infância? Dos meus três aos seis anos de idade, lembro da época em que morei na cidade de Recife, capital de Pernambuco. Uma infância feliz com dezenas de primos, família numerosa e unida. O sabor que me recordo é de uma das frutas típicas do nordeste, a graviola.
Se tivesse vindo ao mundo com uma legenda, o que conteria nela? Cuidado: ser humano apaixonado por desafios e por resolver problemas.
Qual a agem mais importante da tua biografia e que título teria se fosse publicada? Foi quando me formei e já sabia que queria advogar. Abri meu primeiro escritório sozinho aos 23 anos e sai de sete clientes para mais de mil em exatos 11 meses. Nessa época, vibrava e visualizava meu crescimento incansavelmente. O título seria: “Fé inabalável”.
Se pudesse voltar à vida na pele de outra pessoa, quem seria? Gostaria de vivenciar as aventuras que meu pai como médico neurologista e militar experienciou. Colecionando altas honrarias e funções como a de diretor do Hospital Militar e da Policlínica Militar. Dos fatos da jornada dele que mais iro foi quando atendeu os filhos do ex-presidente do Brasil João Goulart.
Defina seu trabalho em uma palavra: persuasão.
É possível definir objetivamente o que é ser um bom advogado? É ter o olhar para a solução e o melhor para o cliente com visão global, e não só estimular conflitos ou processos indevidos visando apenas honorários e pouco se importando com os impactos jurídicos na vida do cliente. Nunca a advocacia precisou tanto de um olhar mais humano.
Quais os aspectos que a população deve ficar atenta para planejar um futuro com segurança na aposentadoria? Depois de dezembro de 2019, quem ainda não se aposentou e não entendeu as mais de 37 mudanças da nova lei, pode estar caminhando para uma aposentadoria futura em patamares quase que irrisórios. Nesse momento o melhor à se fazer é construir o único instrumento que é capaz de, hoje, mudar e moldar o seu futuro garantindo previsibilidade e a chance de se integrar ao grupo dos 1,18% que realmente terão uma aposentadoria lucrativa.
Como descreveria o Direito? O Direito é tão imprescindível quanto o oxigênio. Você pode não visualizá-lo, nem sequer compreender a milenar história, nem as incontáveis legislações e princípios que compõe o sistema jurídico, mas ao sair da sua casa, viver a sua rotina normalmente, não imagina como está amparado por diversas normas prontas para serem ativas caso algum incômodo na sua vida profissional e pessoal ocorra.
Nestes anos de profissão, houve algum momento crítico em que foi preciso superar barreiras? Quando inaugurei meu segundo escritório, grande parte da nossa receita vinha de um cliente que entrou em processo de falência. Na época tínhamos duas opções, ou quebrávamos junto com ele ou inovaríamos atuando em novas áreas. Desistir nunca fez parte dos meus planos profissionais.
Quais os requisitos básicos para quem deseja entrar neste setor? Há um filme que adoro usar como analogia, o “De Volta Para o Futuro” do diretor Robert Zemeckis. Quem nunca quis voltar para o ado com a experiência que adquiriu no hoje? Brincadeiras à parte, o conselho que eu gostaria de ter ouvido há 19 anos seria simplesmente o que vou te dizer agora, se quer advogar em 2021, domine duas habilidades: marketing e vendas. O restante são pressupostos comuns que não te diferenciarão em nada.
Como considera que o Direito pode contribuir para a sociedade com a atual situação mundial? Existe um ditado muito curioso que se fala assim: “De médico e louco todo mundo tem um pouco.” Ainda é muito cedo para se ter claro todos os impactos jurídicos que a pandemia evidenciou no Brasil. Sabemos que em 2020 várias flexibilizações trabalhistas, previdenciárias e tributárias foram implementadas. O Direito nesse momento extremante político e delicado, não deve servir à bandeiras, mas sim aproximar grupos e eliminar rivalidades.
Que lições tem tirado do exercício do Direito? O Direito e o empreendedorismo têm a mesma raiz. Ambos servem à uma solução ao restabelecer o equilíbrio de algo descumprido ou uma norma violada. Gosto sempre de lembrar que o Direito não é um servo do homem, mas sim o produto intelectual que a inteligência do homem constrói para o atendimento dos interesses coletivos
Quem foi, ou é, sua grande influência? No lado empreendedor foi minha mãe, que me trouxe sua experiência de mais de 23 anos na área de vendas de serviço jurídico. Foi ela quem estrategiou sem ao menos eu saber minha primeira palestra de direito, mas isso é uma bela história para outro momento.
O que gostaria que todos soubessem: que um a cada quatro brasileiros, depois de dezembro de 2019, apesar das suas boas intenções, por não dominarem um novo conjunto de regras, terão uma aposentadoria ridiculamente baixa lhes aguardando. Enquanto eu advogar na área previdenciária, seguirei trabalhando para conscientizar o maior número de pessoas.
O que gosta de fazer no tempo livre? Pedalar.
Gostaria de ter sabido antes... de ser pai, o impacto que o direito de família tem na vida dos clientes.
Não vivo sem: minha família.
Um hábito que não abre mão? Orar.
Reflexão de cabeceira? ”Quem corre por seu gosto não se cansa” (Luiz Lengochea da Gama)
Uma palavra-chave: amor.
Qual a primeira coisa que fará quando a pandemia ar? Viajar.