
Investidores com negócios em São Paulo adquiriram três áreas com cascatas e paisagens naturais em Jaquirana, município nos Campos de Cima da Serra, onde pretendem criar uma série de empreendimentos na área turística. Ao todo, são mais de 100 hectares que foram comprados em regiões como as das cascatas Princesa dos Campos, o do S e o do Junco. Pelas características destes atrativos naturais, o projeto deverá ser chamado de Circuito das Águas.
Em 2017, foram adquiridos os dois primeiros lotes do Junco e depois foram adquiridas as outras áreas ao longo do ano ado e deste ano. O primeiro projeto que deverá sair do papel, com previsão de mais de R$ 20 milhões em investimentos, é o da Princesa dos Campos. O local deve receber, inicialmente, entre 12 a 20 cabanas. Além dos chalés, estão previstas estruturas de glamping, estadia rústica que lembra acampamentos, mas com conforto de uma rede hoteleira de apoio. Ao todo, incluindo os demais terrenos, deverão ser investidos mais de R$ 50 milhões em todas as propriedades adquiridas, entre estrutura hoteleira fixa e móvel, gastronomia e até um condomínio rural.

Segundo uma das investidoras, a empresa que vai istrar todos estes negócios vai se chamar Jaqland e a intenção é que ela seja uma espécie de plataforma de eventos e hotelaria, consultiva e de conexão para fomentar o turismo na região.
— O primeiro lugar que fui foi o Junco e me apaixonei. Conhecendo os outros atrativos, a gente entendeu, não só como uma oportunidade de proporcionar uma nova experiência para o turismo, mas de fazer um upgrade na cidade. Um lugar com a riqueza de Jaquirana, cidade quase que esquecida na região, que não tem o mesmo peso turístico que outras cidades do entorno, estava esperando por esse projeto — destaca Dyla Toledo Elias.

A cidade está situada a cerca de 30 quilômetros de Cambará do Sul, município que concentra os cânions da região. Segundo o prefeito de Jaquirana, Marcos Pires, com a concessão dos parques a expectativa é incrementar ainda mais o turismo da região, e com este projeto específico para Jaquirana, a tendência é mudar a principal matriz econômica.
— Eu acredito que é o primeiro o para desenvolvimento concreto do turismo de Jaquirana. A médio e longo prazos, acredito que esse setor será o principal responsável pelo desenvolvimento da nossa cidade — aposta.
Hoje a madeira é o principal setor da economia de Jaquirana. Com o Circuito das Águas, há inclusive planos de que a madeira utilizada nos empreendimentos seja proveniente do município, entre outras ações que vão envolver a comunidade local de assistência social e qualificação profissional.