Surto a ser contido
Não é uma ameaça desprezível. Requer, portanto, empenho máximo e responsabilidade das lideranças internacionais em um momento em que a Organização das Nações Unidas (ONU), cada vez mais enfraquecida como fórum global, mostra-se incapaz de uma mediação com consequências. Não é uma tarefa banal, em meio a um conflito no Oriente Médio que, de um lado, tem grupos terroristas que negam o direito de existência dos judeus e de Israel e, de outro, um governo de Benjamin Netanyahu pressionado por não ter evitado o atentado de 7 de outubro e acusado por familiares de reféns de não priorizar a volta para casa dos sequestrados, mas alimentar a guerra em nome de sua própria sobrevivência política. É nos momentos de ápice da apreensão, como o atual, mas que ainda reservam tempo para agir, que as vozes da razão e da temperança precisam se erguer e ser ouvidas.