As prioridades dos gaúchos
Quando se fala em emprego 4.0 e em uma extraordinária mudança nas formas de trabalho, parece inissível que o setor público ainda garanta funções para equipamentos que nem existem mais. Na maioria das vezes, servidores nessa situação nem sequer podem atuar em outras áreas. Torna-se menos aceitável ainda a falta de preparação para as novas tecnologias. É evidente que a revolução tecnológica poderia aumentar muito a eficiência de incontáveis áreas da máquina istrativa federal, favorecendo tanto os servidores quanto quem depende dos resultados de seu trabalho, que é significativo para o país. A resistência das corporações, porém, vem fazendo com que as mudanças sejam continuamente postergadas.
O resultado das pressões é que, hoje, há mais de 300 carreiras no Executivo federal. Isso faz com que o poder público precise negociar com nada menos de 200 sindicatos. Muitos funcionários federais, numa proporção de 17% da força de trabalho do Executivo, estão prestes a se aposentar. Precisarão, portanto, ser substituídos num cenário de restrição fiscal. O mínimo que deveria ser tentado agora é uma proposta de reestruturação de carreiras, reduzindo-as em número e fazendo com que o servidor leve mais tempo para alcançar remuneração máxima. A troca de comando é um momento propício para o país avançar nesse debate.