De acordo com a revista, o BND tinha uma lista de "4 mil seletores" (números de telefone ou fax, endereços eletrônicos) que permitiam vigiar "objetivos americanos", incluindo o Tesouro e o Departamento de Estado.

Os agentes alemães também teriam espionado empresas como a Lockheed, a Nasa, a ONG Human Rights Watch, universidades, a Força Aérea, os Marines, a Agencia de Inteligência de Defesa (vinculada ao Pentágono), e o serviço militar de inteligência.

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A lista inclui ainda, informa a revista, mais de 100 embaixadas em Washington, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o escritório americano da Liga Árabe.

Procurado pela Der Spiegel, o BND se recusou a fazer comentários.

Em 2013, informações sobre escutas realizadas pela inteligência norte-americana a um telefone da chanceler alemã Angela Merkel provocaram um momento de grande tensão entre Berlim e Washington.

– A espionagem entre amigos não é boa em absoluto – declarou Merkel, na ocasião.

O serviço alemão de inteligência externa já protagonizou vários escândalos de grampos. Em março de 2015, foi divulgada a colaboração entre o BND e a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, para quem os alemães espionavam diversos órgãos em países aliados, como funcionários do Ministério das Relações Exteriores da França, a Presidência sa e a Comissão Europeia.

Questionada em fevereiro por uma Comissão Parlamentar de Inquérito que examinava a cooperação, Merkel demonstrou surpresa:

– Eu pensava que o BND não tinha este tipo de prática.

Após os escândalos, a Alemanha aprovou, em junho de 2016, uma série de novas medidas destinadas a melhorar as práticas da inteligência externa.

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