Segundo a empresa, os números são reflexo principalmente da negativa de reajuste da tarifa no início do ano por parte do município, mas a crise econômica e a queda no número de ageiros também contribuíram. O aumento de R$ 3,40 para R$ 3,70 determinado pela Justiça não foi suficiente, segundo a empresa, porque apenas cobre novas despesas, como o dissídio dos funcionários e impostos que voltaram a ser cobrados.

A troca periódica dos ônibus é uma exigência contratual do transporte coletivo de Caxias. O documento determina que a idade média da frota seja de quatro anos, sendo que nenhum veículo pode ter mais de 10 anos. A Visate, porém, diz que não tem como comprar novos ônibus porque o valor correspondente a este item na tarifa não foi autorizado pela prefeitura devido ao congelamento.

Com a não renovação da frota, a empresa diz que a qualidade do transporte vai cair no médio prazo. Conforme a Visate, o número de ageiros pagantes no primeiro semestre de 2015, quando entrou em vigor a tarifa de R$ 3,40 era de 3.094.222 por mês. Já no primeiro semestre deste ano, chegou a 2.576.373, uma queda de 20%.

Conforme o Procurador-Geral do Município, Leonardo da Rocha de Souza, qualquer medida por parte da empresa contestando o equilíbrio econômico financeiro da operação deve ser realizada por meio do processo em tramitação no Tribunal de Justiça do Estado.

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais

RBS BRAND STUDIO