Diário Gaúcho – O que muda na sua rotina quando a Dilma vem para cá?
Paulo Menezes – É um tumulto. Às vezes, fecham a rua, vira um circo. É até difícil de entrar e sair de casa de carro. São muitos seguranças em volta, e os homens são uns armários, alguns eu até já conheço. Bem antes dela chegar, alguns carros já fazem ronda pelas ruas para ver se está tudo ok para ela vir. Meus colegas de trabalho me pedem para pedir autógrafo, querem saber se ela está aqui.
Diário – Já encontrou presidente algumas vezes?
Paulo – Sim, várias vezes. Dos fundos da minha casa dá para ver direitinho o apartamento dela. Ela olha e cumprimenta, mas quando está no pátio não tem tem chance de chegar perto, são muitos seguranças. De manhã bem cedo, quando volto do meu plantão no hospital, de bicicleta, o por ela na orla, também pedalando. Temos esse hábito em comum.
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Diário – Como acha que será a estada de Dilma neste período após o impeachment?
Paulo – Vai encher de gente e dos dois lados (a favor e contra Dilma). Nas últimas semanas, teve protestos de apoiadores e de contrários ao menos uma quatro vezes. Meus pais nem ficam, preferem ir para o sítio no Lami quando ela está aqui, porque é muita gente, imprensa, barulho de helicóptero. Acho que vamos ficar meio sitiados.
Diário – Se você tivesse a oportunidade de falar com a Dilma neste final de semana, o que diria a ela?
Paulo – Eu a cumprimentaria. Não tenho nada contra ela. Ela está errada, assim como todos os políticos. O erro não foi só dela.