Duas partidas do Estadual deste ano foram investigadas pelo MP-GO recentemente.
Conforme o MP-GO, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de seis Estados. Entre eles o Rio Grande do Sul, com três diligências: Pelotas, Erechim e Santa Maria. Nas duas últimas cidades, jogadores estavam envolvidos. Contudo, nenhum atleta foi preso. Um ex-jogador do Juventude, atualmente no Ypiranga, está entre os atletas suspeitos da investigação.
Segundo o Ministério Público de Goiás, os ganhos dos apostadores giravam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil, variando de acordo com o tipo de aposta e também com os gastos com o aliciamento de jogadores.
Um ex-jogador do Juventude, atualmente no Ypiranga, está entre os atletas suspeitos da investigação. Os clubes emitiram nota na tarde desta terça-feira dizendo ser contrários às atitudes e se colocando à disposição das autoridades.
Confira a nota do Juventude
"O Esporte Clube Juventude vem a público manifestar seu posicionamento de absoluta contrariedade a toda e qualquer manipulação de resultados no esporte. Não é aceitável que profissionais ligados ao futebol estejam minimamente envolvidos com práticas antidesportivas, antiéticas e imorais.
Dito isto, em relação à operação “Penalidade Máxima”, o Esporte Clube Juventude reforça seu posicionamento de inteiro compromisso em colaborar com as autoridades responsáveis pela investigação, uma vez que o nome de um atleta vinculado ao clube foi citado.
Esperamos que o Ministério Público e o Poder Judiciário, respeitado o devido processo legal, sejam rígidos na apuração dos fatos e que eventuais responsáveis sejam devidamente penalizados."
Confira a nota do Ypiranga
"O Ypiranga Futebol Clube, através desta nota oficial, vem se pronunciar a respeito do desdobramento da Operação Penalidade Máxima, realizada em Erechim e outras cidades, no dia de hoje, por forças policiais. Hoje pela manhã (terça-feira) um atleta recém chegado ao clube foi alvo da ação da investigação, na sua residência.
O clube ressalta que o atleta não participou de nenhuma partida pelo Ypiranga, e que o YFC nada tem de responsabilidade na presente ação. O nosso Departamento de Futebol juntamente com o Departamento Jurídico da instituição estão acompanhando o desenrolar dos acontecimentos, ouvindo o atleta e seus representantes, preservando sua integridade profissional neste momento.
Ressaltamos que não compactuamos e repudiamos veementemente qualquer tentativa de manipulação de resultados, que ferem nossos mais altos valores éticos e esportivos. O clube busca tomar todas as medidas possíveis para evitar e coibir este tipo de ação."
A reportagem de GZH questionou a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) sobre a investigação, e a entidade emitiu uma nota sobre a situação, reforçando a existência de uma parceria com uma empresa de monitoramento de apostas esportivas.
"A Federação Gaúcha de Futebol - FGF - informa que tomou conhecimento sobre os desdobramentos da operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, pelas notícias veiculadas na imprensa. A FGF possui parceria com a empresa de dados Sportsradar, que visa à integridade das ações esportivas, com monitoramento global de movimentações em mercados de apostas. Qualquer denúncia nesse sentido recebida pela FGF é reada aos órgãos competentes para investigação: Polícia Civil, Ministério Público e TJD. Na semana ada, a diretoria da FGF esteve reunida com membros da Delegacia Regional de Polícia Judiciária da Polícia Federal com o intuito de estabelecer, também com essa autoridade, uma adequada troca de informações visando à integridade das suas competições".