A mudança procura assegurar facilidades para trabalhadores e empregados, com redução da burocracia e custos. A ideia é que, por exemplo, ao ser contratado, o novo empregado não precise mais apresentar a carteira em papel. Bastará informar o número do F ao empregador e o registro será realizado diretamente de forma digital.
Procurando vaga na área comercial, Ismael Corrales, 29 anos, buscou auxílio porque havia divergências nos dados registrados na carteira digital.
— O que acontece é que fiz uma seleção, fui aprovado, cheguei a encaminhar os papéis, mas eu desisti da vaga. Só que os dados já entraram na carteira. A atendente me orientou a buscar o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) ou o RH da empresa — relatou.
De acordo com técnico em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), Diego Souza dos Santos, caso o trabalhador identifique algum erro no cadastro, não é necessário nenhuma atitude. Os sistemas que geram os dados da carteira de trabalho digital são atualizados constantemente e algumas inconsistências serão corrigidas de forma automática.
Para os demais casos, serão realizadas campanhas para a correção das informações. Se as divergências forem referentes a informações posteriores a setembro de 2019, o trabalhador deve informar o empregador sobre a inconsistência ou o erro e solicitar que a correção seja feita.
Nesta segunda-feira, Daniel de Souza Junior, 21 anos, foi até uma agência do Tudo Fácil, no Centro de Porto Alegre, para emitir a carteira digital. Essa foi uma opção do trabalhador, que não chegou a tentar ar o site ou o aplicativo anteriormente.
— A minha carteira molhou e preciso fazer outra. Resolvi vir aqui direto, porque achei mais fácil. Estou procurando emprego e preciso do documento novo — disse.
