E, no doutorado, foram estes os campos com maior prevalência feminina:
Porém, no mestrado, ciência da computação foi a área do conhecimento com menor proporção de mulheres entre os formados em 2021: 16,2%, uma queda em relação aos 28% de 1996 e distante do pico de participação feminina contabilizada em 1998 (37,5%).
No doutorado, na mesma área, elas representavam 17,7% de quem se formou no último ano do levantamento. A análise de longo prazo indica também queda da presença delas nesse nível de ensino: eram 33,3% em 1996 e 50% em 1997, ano do recorde da participação.
Esse campo do conhecimento costuma oferecer salários altos para a média de ganhos do brasileiro e oportunidades de ingresso no mercado.
— Não há uma explicação clara ou única para a baixa participação das mulheres (em ciência da computação). A comunidade científica está atenta e há eventos para motivar a entrada delas — acrescenta Gisele Spricigo.
Uma das iniciativas é o Programa Meninas Digitais, da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), criado em 2011, que tem como objetivo divulgar a área de computação e suas tecnologias para despertar o interesse de estudantes da Educação Básica.