Algo que sempre pregamos como consultoras de moda é que as pessoas vejam a moda de uma forma correta. Não como um conjunto de regras ou imposição de padrões, e nem uma série de tendências obrigatórias e sem sentido. Ao contrário: a relação com a moda precisa ser leve, divertida, prazerosa – e a roupa a ser usada deve ser reconhecida como uma extensão da nossa alma, do nosso coração, de quem somos e de quem queremos ser.

A moda é, sim, uma ferramenta de autoestima. Quem sabe você aproveita este período menos acelerado, em casa, para se autoconhecer? Investigando gostos, desejos e vontades, para aprimorar seu estilo e tornar o ato de vestir algo totalmente singular, totalmente seu e muito feliz. A gente dá algumas dicas. Vem! 

Olhe seu closet

Sim! Tire suas roupas todas dele, todas. Deixe-as em cima da cama, da cadeira, do sofá. Não importa. O importante é visualizar.

Filtre as peças que não servem mais pra você

Separe as que você, de imediato, não gosta, não usa há anos, as que não têm mais sentido para você. Doe, venda, dê para alguma amiga. Se uma peça não te diz nada não tem motivos para você mantê-la lá.

Observe o que elas têm em comum

Modelagem, cores, estampas, estilo, detalhes, decotes, aplicações, tecidos. Avalie os motivos que fazem você não curtir mais aquelas roupas. Saiba que o que a gente não gosta diz muito sobre o que a gente gosta de verdade, sobre quem a gente é, viu? Analise, estude, anote. Faça até uma lista dessas observações. Escrever é excelente para memorizar – e importante para não voltar a cometer os mesmos erros em compras futuras.

Separe as peças que você mais usa

Faça o mesmo raio-x, ou seja, pense, analise, descubra o que faz você gostar muita daquela roupa. É a cor? O caimento? O toque do tecido? Você precisa saber disso para repetir os acertos, aprimorando suas compras futuras, tornando o seu consumo mais consciente e seu estilo, harmônico. 

Defina também o estilo dessas peças. Se são mais minimalistas, clássicas, fashionistas, boêmias, românticas, esportivas. Avalie o tipo, se é vestido, calça, camisa. Pense nisso tudo porque é isso que vai dizer quem você é. Por exemplo, se suas peças favoritas têm cores neutras, se são justas no corpo, se têm poucos detalhes, se há mais vestidos do que calças, todos em tecidos mais estruturados. O que isso pode dizer? Que você é uma mulher elegante, bastante feminina, que gosta de um toque de sensualidade o em seu visual, porém, sem chamar muito atenção. Tente se traduzir ao se vestir.

Explore as variações das suas peças favoritas

Pegue as peças que você curte muito e faça novas combinações com elas, misturas que você nunca usou, teste, prove, elabore diferente. Tenta para cada peça, três visuais únicos. Esse ensaio é primordial para você aprimorar sua forma de vestir, diversificando o estilo sem perder a essência.

Organize o closet 

Arrume-o da forma que suas peças favoritas fiquem sempre mais na frente, nas seções que você vai criar (calças, vestidos, casacos). Ou seja, em cada ala, deixe os preferidos à frente. A gente até já deu dicas de como arrumar o closet aqui.

Experimente

Você tem algum desejo de moda? De usar algo que nunca se tornou um hábito cotidiano? Por exemplo, mesclas de estampas, short com blazer, peça esportiva com alfaiataria, cores contrastantes no mesmo look. Faça agora. Sim! É a hora de provar. Saiba que, muitas vezes, algo que provoca estranhamento no princípio acaba tornando-se natural depois de algum tempo de uso. E quer melhor do que agora para fazer este experimento? Quem sabe você não descobre um efeito perfeito para incrementar seu estilo.

Liste os essenciais que faltam

Faça uma listinha de peças, órios, sapatos que você sente falta, itens essenciais que tornariam seu closet mais equilibrado. Um cinto preto básico, uma calça preta de alfaiataria, a camisa branca, o vestidinho que vai com tudo. Enfim... escreva e deixe a listinha sempre à mão para compras futuras – já que muitas vezes costumamos esquecer de itens que nos fazem falta na hora de comprar.